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domingo, 16 de junho de 2013

«As reuniões com o Ministério da Educação têm um gravador em cima da mesa»

Secretário-geral da Fenprof vai exigir ao Governo a cópia da gravação feita na reunião de sexta-feira e acusa o ministro Poiares Maduro de «mentir» quando diz que foi proposta nova data para os exames de segunda-feira, que serão prejudicados com a greve
O Governo não sugeriu à Fenprof uma data alternativa para os exames de segunda-feira, proposta do Colégio Arbitral que, aliás, o ministro Nuno Crato se recusou a aceitar. E há uma gravação que pode provar isso mesmo, garantiu, esta manhã, na TVI24, o secretário-geral da Fenprof. Mário Nogueira vai «exigir» ao Governo uma «cópia integral» da gravação da reunião de sexta-feira para divulgação junto da Comunicação Social.

«As reuniões com o Ministério da Educação têm um gravador em cima da mesa onde é gravado tudo aquilo que se passa na reunião. É tudo gravado para que depois seja passado para ata», disse Mário Nogueira na TVI24.

O sindicalista contesta 
declarações do ministro Poiares Maduro, que disse, no sábado, que o Governo chegou a sugerir uma nova data para os exames de segunda-feira, mas a falta de compromisso por parte dos sindicatos inviabilizou essa solução. 

«Nós vamos exigir a gravação ao Ministério da Educação. Espero que a gravação não tenha falhado. Vamos exigir que nos deem cópia da gravação e iremos junto da Comunicação Social, na integra, divulgar aquilo que se passou», garantiu, «para se ver como este senhor ministro [Poiares Maduro] está a mentir». 

Mário Nogueira critica a escolha do ministro Poiares Maduro, que «não tem nada a ver com a Educação», para a declaração do Governo que acusa os sindicatos de «falta de compromisso» que «impediu nova data». «Este senhor ministro chegou agora há muito pouco tempo ao Governo, mas rapidamente apanhou os vícios dos seus colegas governantes, que é não falar a verdade», criticou. 

Para o sindicalista, o Governo «meteu-se numa embrulhada» ao não aceitar o adiamento dos exames de segunda-feira para dia 20 de junho, conforme proposto pelo Colégio Arbitral, que rejeitou o pedido do Ministério da Educação para serviços mínimos.

Para Mário Nogueira, o Governo podia ter adiado na passada sexta-feira os exames de Português e latim do secundário para dia 20, pois «O Ministério da Educação sabia que nem sequer havia tempo útil, ainda que alguém quisesse, para por um pre-aviso de greve». Em todo o caso, Nogueira disse na TVI24 que a Fenprof nunca previu fazer greve noutra data, em caso de adiamento dos exames. 

Vários milhares de professores de todo o país - 
cerca de 50 mil, segundo os sindicatos - participaram neste sábado numa manifestação em Lisboa para contestar as políticas do Governo.

A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que opõem os docentes ao Governo.

=TVI24=

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