Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 11 de junho de 2013

«PORTUGAL – PAÍS SEM RUMO…»

Pudemos ver nos dois últimos dias, um povo à mercê de alguns, uma mega-operação mediática e de propaganda e que – o povo – uma vez mais teve a oportunidade de manifestar os seus sentimentos, pedindo a demissão do actual governo.

Assistimos também, ouvindo um discurso repleto de falsidades – pela voz do presidente da República – que uma vez mais pretendeu classificar os cidadãos de ignorantes, desmemoriados. Foi bonito ver todos aqueles militares a desfilar pelas ruas de Elvas, como foi muito bonito o acto das condecorações a quem as não merecia, de modo algum.

Gostei de ver como o presidente da República colocava aqueles penduricalhos ao pescoço ou no peito dos laureados por tudo o que deviam ter feito e não fizeram, faltando apenas ao presidente dizer-lhes que deveriam usar sempre ou no uniforme ou na lapela, ou mesmo sobre o peito daquelas que também foram condecoradas.

Será que, com tanta “medalhagem” não se está  tornar Portugal um país sem lei? É que tudo o que se passou nos dois últimos dias nõ passou de uma mera e pirotécnica opereta bufa de engana tolos.

Ora, na contramão de semelhante palhaçada, o povo amarga com a incompetência e todo esse cinismo daqueles que fingem brincar aos bons e aos menos bons ou assim-assim.

Quase se podia ter visto no local de Elvas uma avenida da aerolândia,  vendo-se todavia todos esses oficiais dos três ramos das Forças Armadas receberem aquelas honrarias depois de  ouvirem falar de agricultura mas não de pescas e muito menos de todo esse flagelo – o desemprego – que tanto aflige os portugueses.

Entretanto, através das televisões podiam ver-se alguns drogados, inebriados, extasiados que seguidamente ouviam os comentários dos habituais detractores ou apoiantes do actual presidente e também do actual governo, embora poucos, é verdade.

De entre os apoiantes, uma deputada da maioria, habitual bajuladora de todos quantos pretenção a essa mesma maioria e que um destes dias, e antes seja mais cedo que tarde, se limitará a desdizer-se de tudo quanto tem afirmado, limitando-se a explicar que “algo correu mal”.

No estacionamento, todos aqueles carrões bem novinhos usados na “Operação Palhaçada Pura”, feita com todo o orgulho pela briosa polícia que conseguiu dar, também ela, um show digno da swat.

Como sempre em Portugal, voltamos mil e uma vezes ao local e, em cinco minutos todos podiam retirar todas as ilações suficientes para se assegurar que efectivamente, sempre existem alguns brincalhões em Portugal.

Como admirei aquelas falsas vénias, primeiro ao dador das medalhas, depois ao “respeitável público assistente” e depois àqueles que se mantinham sentados no palanque improvisado para o efeito, numa demonstração cabal de pura hipocrisia que tanto tem lesado os cidadãos portugueses que nem sequer foram lembrados, sobretudo aqueles que sempre lutaram contra a ditadura fascista. Será que alguém foi condecorado a título póstumo?

Estupefacto, o povo viu algo inédito, apesar de se repetir todos os anos nos locais escolhidos, por aqueles que providenciam a adopção de uma vida política sem qualquer elegância, tornando-se ridículos aos olhos do povo português.

Mesmo sabendo que nada adiantarei, dado o horror que sente a todo o acto eleitoral, sobretudo se antecipado, deixo aqui uma sugestão. “senhor presidente da República: por favor não brinque connosco nem nos ofereça mais showzinhos cínicos que levam milhões de euros que tanta falta fazem para dar de comer, comprar medicamentos para todas essas crianças e todos esses velhos que mal podem alimentar-se com uma refeição diária, enquanto os eleitos e os convidados e laureados se banqueteiam.

Não gostaria de ver esses Wyatt Earp, Búfalo Bill, Billy the Kid ou Jesse James convidados para limparem o país há séculos chamado Portugal.






Sem comentários:

Enviar um comentário