«Podem ter ficado admirados com a costumeira
objectividade que dá luzes de imenso valor a mais um histórico Conselho de
Ministros realizado em Alcobaça, dirigido com toda a competência do actual
primeiro-ministro que demonstrou, mais uma vez, de modo incontestável, a sua
imensa sensibilidade em relação aos anseios da colectividade portuguesa em
busca do bem-estar social.
Embora não tenha estado presente, vou tentar
fazer uma rápida interpretação do que mais chamou a atenção durante e depois do
Conselho, pela voz do senhor Pedro e seus ministros.
Deixou ele claro que os clamores bem
intencionados dos manifestantes se têm somado às intenções e reforçar as atitudes
do governo, já em busca de efectividade, mas ainda contidas pelas barragens
interpostas pelas forças ao serviço de interesses estranhos aos nacionais..,
especialmente legislativos.
É verdade que se têm sucedido greves e
manifestações que têm sido bem compreendidas pelos governantes e até pelo
presidente da República e que os verdadeiros representantes das postulações de
todas essas movimentações serão convidados a participar em discussões, a serem
conduzidas pelo governo, sobre novos planos destinados ao bem-estar social.
Muito habilmente deixou evidente a
necessidade da plena aceitação, por parte do público em geral de tornar ainda
mais fácil o acesso ao Serviço Nacional de Saúde. Informou também da sua intenção
de criar um plano de mobilidade urbana, em parceria com a colectividade, no qual
se dará prioridade ao belíssimo transporte público nacional.
Certamente que não olvidou de advertir sociedade a precaver-se contra o canto da sereia
dos fascistas que trauteiam insistentemente a cantilena da inutilidade dos
políticos e respectivos partidos.
Lembrou à cidadania que lhe cabe também o
encargo de contribuir permanentemente para a criação de mecanismos que tornem
as instituições mais transparentes, resistentes e permeáveis `influência da
sociedade. Em suma, a implementação de novos e eficientes meios para dificultar
a acção dos corruptos.
No mesmo sentido convidou indirectamente os
patrícios a pressionar todos os poderes da República para que adoptem a norma
de transparência já usada pelo governo, instrumento que tem por fim tornar
visíveis, para todos os portugueses, quaisquer desvios de recursos públicos.
Penso que quem o ouviu não teve dúvidas
quanto às suas intenções, direccionadas a convencer os cidadãos a unirem-se às
acções governativas, procurando impor mais velocidade aos avanços do
desenvolvimento sócio-económico que o seu governo tem vindo a perseguir, sendo
muitas vezes bloqueados pelas oposições.
Também deixou em xeque os “golpistas”, à
direita e à esquerda, pondo a descoberto, para o devido ajuste de contas com a
justiça os paus-mandados que praticam a violência, aproveitando as
oportunidades criadas pelo manto protector das marchas de protesto.
Ora, tendo falado tão bem e nõ se esquecendo
de apelar à precupação dos portugueses contra a chuva de boatos que fervilham no universo
da Internet, como podem os comentadores habituais criticar a frutuosa reunião
do Conselho de Ministros em Alcobaça, como fez o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Penso que esteve desatento, pelo que, e na
dúvida, leva apenas um 6, esperando que se mostre mais atento na próxima vez.
Espero também que aproveite as palavras do ministro Maduro que, em todo o caso,
parece demasiado verde.»
Sem comentários:
Enviar um comentário