Constança
Cunha e Sá analisa declarações de Cavaco Silva sobre ser tempo de se ponderar
sobre a composição da troika
No dia em
que Cavaco Silva defendeu ser necessário ponderar a saída do Fundo Monetário
Internacional (FMI) da troika, Constança Cunha e Sá sustentou que o problema da
gestão da crise que afeta os países sob resgate financeiro está no interior da
Europa e não propriamente no FMI. Na TVI24, a comentadora admitiu a possibilidade de as declarações do
Presidente da República, em Estrasburgo, poderem servir de ajuda ao presidente
da Comissão Europeia, que neste momento está em dificuldades.
No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», Constança Cunha e Sá começou por explicar que há razões que levam Cavaco Silva a levantar a questão da composição da troika. Em concreto, uma tese amplamente debatida na Europa, «de que os problemas europeus devem ser resolvidos pela União Europeia». Mas o problema dessa tese, realçou a comentadora, é que os ministros europeus têm mostrado que não conseguem resolver o problema.
«O problema é o papel do Banco Central Europeu e da Comissão, que tem sido mais papista do que o Papa. A Comissão Europeia tem mostrado desde sempre uma incompetência, uma irresponsabilidade em relação à gestão da crise (...) tem estrangulado todos os caminhos. Aliás, como o próprio Presidente disse, não tem estratégia de crescimento. Portanto se não tem estratégia de crescimento, o problema está no interior da Europa, não está propriamente no FMI. Que a Europa queira resolver-se e salvar-se a si própria, é muito louvável. Que a Europa não se consiga salvar a si própria, é isso que tem sido demonstrado», defendeu.
Para Constança Cunha e Sá, as divergências no seio da troika não surgiram «por acaso». «O que se passa com a troika é consequência do desastre que está à vista de toda a gente. Toda a gente, neste momento, quer dizer que não tem nada a ver com o desastre que caiu sobre a Europa. Anda tudo ali num lavar de roupa suja para ver quem é o responsável pela desgraça que se abateu sobre a Europa», referiu.
A comentadora sublinhou que a Comissão Europeia se encontra cercada por todos os pontos. Do FMI ao Banco de Investimento Europeu (BEI), passando pela Alemanha, «há uma frente contra Durão Barroso». «Não há dúvida nenhuma que ele, nestes anos, limitou-se a seguir ordens, a ir a reboque da Alemanha, não fez nada e a Comissão Europeia perdeu qualquer espécie de importância e de autonomia», defendeu.
«E eu não sei se estas declarações de Cavaco Silva não são também uma ajuda a esse velho amigo, ex-ministro dele, Durão Barroso, que neste momento está metido numa embrulhada tremenda porque já se percebeu que a hipotética recandidatura com que ele sonhava não vai para a frente», concluiu.
No espaço de análise nas «Notícias às 21:00», Constança Cunha e Sá começou por explicar que há razões que levam Cavaco Silva a levantar a questão da composição da troika. Em concreto, uma tese amplamente debatida na Europa, «de que os problemas europeus devem ser resolvidos pela União Europeia». Mas o problema dessa tese, realçou a comentadora, é que os ministros europeus têm mostrado que não conseguem resolver o problema.
«O problema é o papel do Banco Central Europeu e da Comissão, que tem sido mais papista do que o Papa. A Comissão Europeia tem mostrado desde sempre uma incompetência, uma irresponsabilidade em relação à gestão da crise (...) tem estrangulado todos os caminhos. Aliás, como o próprio Presidente disse, não tem estratégia de crescimento. Portanto se não tem estratégia de crescimento, o problema está no interior da Europa, não está propriamente no FMI. Que a Europa queira resolver-se e salvar-se a si própria, é muito louvável. Que a Europa não se consiga salvar a si própria, é isso que tem sido demonstrado», defendeu.
Para Constança Cunha e Sá, as divergências no seio da troika não surgiram «por acaso». «O que se passa com a troika é consequência do desastre que está à vista de toda a gente. Toda a gente, neste momento, quer dizer que não tem nada a ver com o desastre que caiu sobre a Europa. Anda tudo ali num lavar de roupa suja para ver quem é o responsável pela desgraça que se abateu sobre a Europa», referiu.
A comentadora sublinhou que a Comissão Europeia se encontra cercada por todos os pontos. Do FMI ao Banco de Investimento Europeu (BEI), passando pela Alemanha, «há uma frente contra Durão Barroso». «Não há dúvida nenhuma que ele, nestes anos, limitou-se a seguir ordens, a ir a reboque da Alemanha, não fez nada e a Comissão Europeia perdeu qualquer espécie de importância e de autonomia», defendeu.
«E eu não sei se estas declarações de Cavaco Silva não são também uma ajuda a esse velho amigo, ex-ministro dele, Durão Barroso, que neste momento está metido numa embrulhada tremenda porque já se percebeu que a hipotética recandidatura com que ele sonhava não vai para a frente», concluiu.
=TVI24=
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