Declaração polémica do ministro das Finanças
no debate sobre o Orçamento Retificativo
Foi um
ministro algo inquieto, no virar e revirar da caneta que tinha na mão, que
afirmou que o investimento em Portugal no início do ano foi «adversamente
afetado» pelo mau tempo. As declarações de Vítor Gaspar proferidas no debate
sobre o Orçamento Retificativo para 2013, ecoaram nas bancadas do Parlamento,
no dia da aprovação.
«O investimento no primeiro trimestre deste ano é adversamente afetado pelas condições meteorológicas dos primeiros três meses do ano que prejudicaram a atividade da construção. Mas o mais importante não é certamente esse aspeto, o mais importante é que este Orçamento Retificativo tem medidas concretas de carácter fiscal que de destinam a promover a recuperação do investimento na segunda metade do ano. Essas medidas de estímulo são permitidas, uma vez que nós cumprimos os limites do nosso programa de ajustamento», disse.
A referência não passou em branco e foi o PCP o primeiro a ecoar as palavras. «Afinal, ficámos hoje a saber que o novo falhanço orçamental do Governo foi por causa da chuva», ironizou o deputado comunista Honório Novo, acrescentando tratar-se do «primeiro retificativo do ano em curso» e que «a grave situação do país é justificada pelo do mau tempo, as condições meteorológicas».
Vítor Gaspar respondia aos deputados da oposição que, mais uma vez não pouparam nas críticas ao ministro. Honório Novo questionou se o ministro seria o único iluminado e se estaria tudo maluco à sua volta. Vitor Gaspar admitiu que até «aprende com os erros»,mas recusou sempre que o programa de ajustamento estivesse a falhar e deixou um recado ao PS: «A tentação prematura do poder» é um «fator de risco» para a estabilidade e crescimento do país.
Um crescimento que o ministro das Finanças considera que está já a ocorrer, destacando o facto de Portugal com uma contraçao mais reduzida do que a Espanha e a Itália. «No primeiro trimestre de 2013 temos um abrandamento de contração do ritmo da atividade económica muito expressivo de menos 1,8 para 0,4. Mas, mais importante, aproximamo-nos da medida da área do euro, que tem uma contração de 0,2 e isso compara com a nossa contração de 0,4. No primeiro trimestre de 2013 temos uma contração a atividade económica em Portugal menor do que outros países da área do euro e da União Europeia, incluindo a Espanha e a Itália, que têm, nesse trimestre, uma contração de 0,5%», disse.
O ministro respondeu ainda à questão do PS que acusou o Governo de dar uma «martelada de 7 décimas no deflator do PIB». Gaspar respondeu com o argumento habitual de que as «previsões da OCDE» não englobam as medidas do Governo e lembra que «essa diferença de hipóteses técnicas que está explicitamente reconhecida no documento da OCDE tem implicações muito significativas no deflator do PIB», respondeu o ministro.
Na intervenção final, Vítor Gaspar destacou que, «no dia» em que é conhecido o bom desempenho da receita fiscal e das exportações, os deputados da oposição venham «dizer que o ajustamento falha pelo lado do ajustamento externo» e da receita fiscal. «Não falha, senhores deputados, não falha», concluiu.
«O investimento no primeiro trimestre deste ano é adversamente afetado pelas condições meteorológicas dos primeiros três meses do ano que prejudicaram a atividade da construção. Mas o mais importante não é certamente esse aspeto, o mais importante é que este Orçamento Retificativo tem medidas concretas de carácter fiscal que de destinam a promover a recuperação do investimento na segunda metade do ano. Essas medidas de estímulo são permitidas, uma vez que nós cumprimos os limites do nosso programa de ajustamento», disse.
A referência não passou em branco e foi o PCP o primeiro a ecoar as palavras. «Afinal, ficámos hoje a saber que o novo falhanço orçamental do Governo foi por causa da chuva», ironizou o deputado comunista Honório Novo, acrescentando tratar-se do «primeiro retificativo do ano em curso» e que «a grave situação do país é justificada pelo do mau tempo, as condições meteorológicas».
Vítor Gaspar respondia aos deputados da oposição que, mais uma vez não pouparam nas críticas ao ministro. Honório Novo questionou se o ministro seria o único iluminado e se estaria tudo maluco à sua volta. Vitor Gaspar admitiu que até «aprende com os erros»,mas recusou sempre que o programa de ajustamento estivesse a falhar e deixou um recado ao PS: «A tentação prematura do poder» é um «fator de risco» para a estabilidade e crescimento do país.
Um crescimento que o ministro das Finanças considera que está já a ocorrer, destacando o facto de Portugal com uma contraçao mais reduzida do que a Espanha e a Itália. «No primeiro trimestre de 2013 temos um abrandamento de contração do ritmo da atividade económica muito expressivo de menos 1,8 para 0,4. Mas, mais importante, aproximamo-nos da medida da área do euro, que tem uma contração de 0,2 e isso compara com a nossa contração de 0,4. No primeiro trimestre de 2013 temos uma contração a atividade económica em Portugal menor do que outros países da área do euro e da União Europeia, incluindo a Espanha e a Itália, que têm, nesse trimestre, uma contração de 0,5%», disse.
O ministro respondeu ainda à questão do PS que acusou o Governo de dar uma «martelada de 7 décimas no deflator do PIB». Gaspar respondeu com o argumento habitual de que as «previsões da OCDE» não englobam as medidas do Governo e lembra que «essa diferença de hipóteses técnicas que está explicitamente reconhecida no documento da OCDE tem implicações muito significativas no deflator do PIB», respondeu o ministro.
Na intervenção final, Vítor Gaspar destacou que, «no dia» em que é conhecido o bom desempenho da receita fiscal e das exportações, os deputados da oposição venham «dizer que o ajustamento falha pelo lado do ajustamento externo» e da receita fiscal. «Não falha, senhores deputados, não falha», concluiu.
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TEMA
=TVI24=
PS: Agora ficamos a saber que a culpa é do mau tempo..!!!
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