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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Novo exame de português marcado para 2 de julho


Protesto de estudantes em Aveiro

O ministro da Educação anunciou, esta segunda-feira, em conferência de Imprensa, a realização do novo exame de Português, no dia 2 de julho, pelas 9.30 horas.

"O exame de dia 2 é um dos que já estava preparado", explicou Nuno Crato, aos jornalistas, lamentando as perturbações registadas esta segunda-feira.

O governante garantiu, ainda, que estão preparados enunciados com idêntico grau de dificuldade aos dos exames realizados esta segunda-feira, de Português e Latim.
Nuno Crato afirmou que a medida vai ao encontro das solicitações de pais, no sentido de não sobrecarregar mais o calendário da primeira fase.

Questionado sobre as questões da equidade entre os alunos que hoje realizaram o exame e o do próximo mês, o governante afirmou que está garantida a igualdade de condições, porque as provas nacionais são preparadas por equipa de profissionais e sorteados para serem aplicados "num momento preciso dentro de uma estrutura semelhante".

"Não há qualquer problema quanto à equidade", garantiu.

Segundo Nuno Crato, que avançou dados provisórios do júri nacional de exames, "mais 70% dos alunos do ensino secundário realizaram hoje exames nacional de português e 70% das escolas com provas marcadas realizaram-nas a 100%".

Os exames nacionais do Ensino Secundário começaram esta segunda-feira apenas para uma parte dos alunos devido à greve dos professores. A prova de Português ficou por fazer em várias escolas motivando protestos dos alunos pela situação de desigualdade. Há relatos de acções de protesto em Braga, Aveiro, Lousada e Viseu.

Os responsáveis sindicais apontam uma adesão significativa à greve. Mário Nogueira, da Fenprof, aponta para uma "adesão de 90%" e João Dias da Silva, da FNE, fala em "adesão positiva".

Os dois líderes sindicais apontam ainda várias irregularidades nos exames, designadamente o caso de provas feitas em locais não apropriados e com vigilãncia feita por professores que, alegadamente, não o poderiam fazer.

Em comunicado divulgado ao final da manhã, a FNE refere uma "notável adesão" à greve e diz poder afirmar que se trata de "uma das maiores greves de sempre, com uma adesão de cerca de 90%".

Os 90% de adesão apontados pela Fenprof e FNE não significam que 90% dos alunos não tenham realizado os exames, uma vez que foram convocados outros professores (que não estavam destacados para vigiar os exames) e encontradas soluções alternativas pelas escolas.


Mário Nogueira sublinhou que a responsabilidade desta situação, que faz com que alguns alunos realizem o exame e outros não, é do Ministério da Educação, "que não quis acautelar a equidade".

É precisamente esta situação de desigualdade que motiva os protestos de alunos de várias escolas que continuam já depois de terminado o exame de Português.

Na Secundária Mário Sacramento, em Aveiro, apenas uma sala abriu para exame o que motivou um protesto generalizado dos restantes alunos.

Ao longo de toda a manhã, os alunos mantiveram-se no exterior da escola protestando ruidosamente de forma a tentar boicotar a realização do exame.

Situação idêntica aconteceu em Viseu, na Secundária Alves Martins, onde dos 569 alunos inscritos para o exame de Português, 220 não o puderam fazer e iniciaram um protesto junto à escola, obrigando à presença da PSP.

A PSP também teve que intervir em Braga quando, cerca das 10.30 horas, os alunos da Secundária Sá de Miranda que não puderam fazer o exame decidiram invadir as sete salas de aula onde este decorria.

Em Lousada, os alunos que não puderam fazer a prova de Português invadiram as salas mas os exames prosseguiram. No exterior os alunos diziam ter visto o exame.

As salas acabaram por ser fechadas à chave para impedir nova "invasão".

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=Jornal de Notícias=


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