Há dias, respondendo a um jornalista
qualquer, um outro jornalista/Advogado/Filho de um dos ex-grandes do PSD, cujo
nome é Miguel de Sousa Tavares, terá dito que “já cá tínhamos um palhaço”,
pessoa de nobre profissão, que tenta fazer rir quando por vezes sente tristeza
interiormente.
Fui um dos que tomaram a defesa do jornalista
que com a sua frase “ofendeu” o senhor Silva, que de imediato apresentou queixa
na Procuradoria Geral da República, uma vez que ficou desgostoso e desgostado
com o epíteto pronunciado por MST.
Entretanto, a queixa transitou para julgado
que, dada a não ofensa, mandou arquivar o processo. Tudo bem.
Ao que parece, no dia dez de Junho em Elvas,
alguém terá dito ao senhor Silva, em jeito de desabafo, que fosse trabalhar.
Novamente foi apresentada queixa, as
autoridades presentes detiveram o “aconselhador”, foi apresentado a tribunal,
julgado e condenado a pagar uma multa/indemnização ao ofendido no valor de
cerca de 1.300 euros.
É de louvar a celeridade com que tudo foi
resolvido, note-se que estamos a 15 de junho de 2013 e que só passaram 5 dias
desde a terrível ofensa dita sob a forma de conselho ao senhor Silva.
É curioso como se manda arquivar uma ofensa e
se pune a outra, quando, em meu entender, ambas deveriam ser arquivadas sem
mais consequências.
Muito possivelmente, 1300 euros fazem muito
jeito em era de crise, ms tamb~em possivelmente que faziam mais jeito ao
considerado ofensor que ousou mandar traabalhar o ofendido.
Certamente era alguém que não conseguia
compreender que o senhor Silva se encontrava em serviço em Elvas e, mesmo que assim não fosse, ele nada
tinha a ver com isso.
Com todos os cortes feitos pelo actual
governo, é verdade que as nossas pensões de reforma se sentem muito, que
rapidamente ficamos tesos como virotes e que 1.300 euros além de darem muito
jeito, não se podem deitar fora.
Mas, se o dito popular: “vá trabalhar”,
quando há mais intimidade: “vai trabalhar, malandro”, foi assim tão ofensivo
para o senhor Silva, deveria ser o mesmo senhor Silva ou alguém da sua comitiva
a explicar ao ofensor que o ofendido estava ali a trabalhar, que até tinha
quase dois dias de intenso trabalho, como condecorar 40 cidadãos que
supostamente prestaram bons serviços à Pátria e que, seguidamente, o senhor
Silva deveria viajar rapidamente par Lisboa pois tinha convidados estrangeiros
importantes à sua espera.
Parabéns à nossa justiça, pois desta vez fez
talvez o maior sprinte desde que a conheço, sem que seja pessoalmente, se me
faço entender.
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