De todos os homens de esquerda, o radical é
hoje o menos avançado. Mas nem sempre assim foi, e os radicais, também pela sua
convicção indefectível à laicidade que a um programa social audacioso, durante
muito tempo amedrontaram a conservadora e clerical direita.
Todavia, foram homens de dentro das suas
fileiras que realizaram separação da
Igreja e do Estado.
Dizem alguns da direita conservadora que
sempre lutaram contra todas as formas de radicalismo, sem notarem que eles próprios,
com s suas atitudes e “crenças” sempre demonstraram defender uma ideologia
radical, o mesmo tempo conservadora e “revolucionária”, enfileirando num
partido desejoso de conciliar os direitos d propriedade individual e as
exigências do sistema colectivista.
Ao “defenderem” tal metodologia política, que
poderão pretender demonstrar? Quem se pensarão eles? Não será por causa sua que
os actuais partidos políticos ditos do arco da governação têm dentro de si os
maçónicos e da Opus Dei em franco convívio e combinação de políticas que esmagam
completamente a cidadania?
Posso afirmar que não acredito ns classes,
sobretudo desde que após o 25 de Abril de 1974 se reviveram ideais da Revolução
Francesa e até do Maio de 68, que os partidos recém-fundados os quebraram de
facto, metendo o socialismo na gaveta e fazendo alianças com a CIA ou até com
traficantes de armas?
Trata-se de uma palavra cómoda para a
demonstração pública, mas que na realidade, logos alguns desmentirão, ou pelo
menos tentarão.
Se afirmar que o assalariado deverá
desaparecer taal como desapareceu a escravatura e a servidão, logo se
levantar´toda essa legião de “inúteis doutores”, tentando contrariar essa
realidade no seio da sociedade portuguesa, perguntando:
“Como pudemos passar da escravatura à servidão
e desta ao assalariado, porque razão não passarmos do trabalho assalariado ao
associado?”
Não entrevejo que através das núvens um
regime onde toda a propriedade individual deverá ser abolida; apercebo os
resultados, tão importantes, já obtidos pela associação, que combina o dever
colectivo e a liberdade individual.
Mas, eles mais não fazem que levantar o
proletariado contra o capitalismo numa antítese puramente oratória, mas fazer
desaparecer o proletariado exaltando a sua condição; é preciso emancipar o
trabalhador tal como a República j´emancipou o rural. A cooperação de produção
traz este problema uma solução
verificada pelos factos.
Admito a retomada pelo Estado dos serviços
públicos ou de um serviço social como o dos sistemas “sociais”, que devem ser
submetidos a grandes reformas; compreendo que se queira transformar em proveito
do Estado os monopólios que são um meio de opressão; não seria chocado por ver
instituir para alcool o mesmo regime que par o tabaco, mas a todos os níveis e
diariamente.
Ficará sempre uma parte de propriedade sobre
a qual ninguém sonhará colocar em comum. Cada um quererá sempre ter os seus
alimentos, as suas roupas, os seus livros, os seus móveis, e porque não a sua
casa?
Porque não o produto do seu livre trabalho
manual, intelectual ou artístico?
E porque não o excedente do que se tenha
produzido sobre o que se deve à sociedade debilitada?
Sem comentários:
Enviar um comentário