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sábado, 15 de junho de 2013

«RADICAL SOCIALISTA?»


































De todos os homens de esquerda, o radical é hoje o menos avançado. Mas nem sempre assim foi, e os radicais, também pela sua convicção indefectível à laicidade que a um programa social audacioso, durante muito tempo amedrontaram a conservadora e clerical direita.

Todavia, foram homens de dentro das suas fileiras que realizaram  separação da Igreja e do Estado.

Dizem alguns da direita conservadora que sempre lutaram contra todas as formas de radicalismo, sem notarem que eles próprios, com s suas atitudes e “crenças” sempre demonstraram defender uma ideologia radical, o mesmo tempo conservadora e “revolucionária”, enfileirando num partido desejoso de conciliar os direitos d propriedade individual e as exigências do sistema colectivista.

Ao “defenderem” tal metodologia política, que poderão pretender demonstrar? Quem se pensarão eles? Não será por causa sua que os actuais partidos políticos ditos do arco da governação têm dentro de si os maçónicos e da Opus Dei em franco convívio e combinação de políticas que esmagam completamente a cidadania?

Posso afirmar que não acredito ns classes, sobretudo desde que após o 25 de Abril de 1974 se reviveram ideais da Revolução Francesa e até do Maio de 68, que os partidos recém-fundados os quebraram de facto, metendo o socialismo na gaveta e fazendo alianças com a CIA ou até com traficantes de armas?

Trata-se de uma palavra cómoda para a demonstração pública, mas que na realidade, logos alguns desmentirão, ou pelo menos tentarão.

Se afirmar que o assalariado deverá desaparecer taal como desapareceu a escravatura e a servidão, logo se levantar´toda essa legião de “inúteis doutores”, tentando contrariar essa realidade no seio da sociedade portuguesa, perguntando:

“Como pudemos passar da escravatura à servidão e desta ao assalariado, porque razão não passarmos do trabalho assalariado ao associado?”

Não entrevejo que através das núvens um regime onde toda a propriedade individual deverá ser abolida; apercebo os resultados, tão importantes, já obtidos pela associação, que combina o dever colectivo e a liberdade individual.

Mas, eles mais não fazem que levantar o proletariado contra o capitalismo numa antítese puramente oratória, mas fazer desaparecer o proletariado exaltando a sua condição; é preciso emancipar o trabalhador tal como a República j´emancipou o rural. A cooperação de produção traz  este problema uma solução verificada pelos factos.

Admito a retomada pelo Estado dos serviços públicos ou de um serviço social como o dos sistemas “sociais”, que devem ser submetidos a grandes reformas; compreendo que se queira transformar em proveito do Estado os monopólios que são um meio de opressão; não seria chocado por ver instituir para alcool o mesmo regime que par o tabaco, mas a todos os níveis e diariamente.

Ficará sempre uma parte de propriedade sobre a qual ninguém sonhará colocar em comum. Cada um quererá sempre ter os seus alimentos, as suas roupas, os seus livros, os seus móveis, e porque não a sua casa?

Porque não o produto do seu livre trabalho manual, intelectual ou artístico?

E porque não o excedente do que se tenha produzido sobre o que se deve à sociedade debilitada?


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