Reitor da Universidade realça importância da distinção para
os projectos de investigação da instituição e presidente da Câmara considera
que vai atrair ainda mais curiosos.
A Universidade
de Coimbra foi classificada este sábado Património Mundial da Humanidade, uma
classificação atribuída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO).
Reunido no Camboja, o Comité do Património Mundial deliberou, esta manhã, que o bem “Universidade Coimbra. Alta e Sofia”, proposto por Portugal, possuía inquestionável valor universal excepcional e que merecia ser classificado como Património de toda a Humanidade.
A área classificada pela UNESCO está situada em duas zonas do centro histórico da cidade de Coimbra: uma na encosta da cidade, a Alta, e a outra na parte baixa, a Sofia.
A notícia foi recebida com enorme satisfação pelo reitor da Universidade, João Gabriel Silva, para quem a distinção vai reforçar o prestígio externo da instituição.
Por exemplo, em termos de “projectos de investigação, melhores parcerias”.
O presidente da Câmara de Coimbra, João Paulo Barbosa, destaca, por seu lado, a importância que a classificação vai ter no turismo.
“Se olharmos para a lista de patrimónios classificados pela UNESCO, no mundo inteiro, não chega a mil. Fazer parte desse clube restrito é abrir as portas a uma curiosidade por parte de terceiros que se traduz a fluxo de visitantes muito acima dos anteriores”, sustenta, em declarações à Renascença.
A UNESCO reconheceu o mérito de uma candidatura que fez a ponte entre o passado e o futuro, recordando que foi na Universidade de Coimbra que nasceu a língua portuguesa.
Outros Patrimónios portugueses e da Humanidade
A Universidade de Coimbra juntou-se hoje aos centros históricos de Angra do Heroísmo, Évora, Porto e Guimarães. Mas Portugal tem ainda como património mundial o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, bem como o Convento de Cristo, em Tomar.
A Paisagem Natural de Sintra, os sítios pré-históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa e de Siega Verde, a Floresta Laurissilva da Madeira, o Alto Douro Vinhateiro, a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico e a maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, são também Património Mundial da UNESCO.
A história da presença portuguesa na restrita lista do património mundial da UNESCO começou em Dezembro de 1983, em Florença, Itália, quando o comité entregou o título ao Centro Histórico de Angra do Heroísmo, ao Mosteiro da Batalha, ao Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém e ao Convento de Cristo.
Três anos depois, em 1986, foi a vez de o Centro Histórico de Évora receber a distinção da UNESCO, que o considerou um "testemunho de uma troca considerável de influências durante um dado período ou numa determinada área cultural" e, tal como Angra do Heroísmo, um "excelente exemplo de um tipo de construção ou um conjunto arquitectónico ou tecnológico ou paisagístico, ilustrando um ou mais períodos significativos da história da humanidade".
O Mosteiro de Alcobaça, com "uma das mais importantes abadias cistercienses europeias, atendendo ao seu estado de conservação e à sua arquitectura, símbolo de Cister" recebeu o estatuto da Unesco em 1989 e, em 1995, a Paisagem Cultural de Sintra entrou também na lista, pelo seu "valor universal extraordinário, representando uma abordagem pioneira ao paisagismo Romântico que teve uma destacada influência nos desenvolvimentos de outras partes da Europa".
No ano seguinte (1996), o centro histórico do Porto enriqueceu a lista, seguindo-se, em 1998, a classificação dos Sítios Pré-históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa e de Siega Verde.
A Floresta Laurissilva da Madeira recebeu o título em 1999, seguindo-se, em 2001, o centro histórico de Guimarães, pela sua "preservação excecional".
Nesta mesma sessão de 2001 também o Alto Douro Vinhateiro mereceu a honra atribuída pela UNESCO.
Em 2004, a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, nos Açores, foi também considerada Património Mundial e, em 2012, foi a vez de a maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, ser também classificada.
Também em 2012, Portugal inscreveu o Fado na lista do Património Imaterial da UNESCO, numa iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa.
Reunido no Camboja, o Comité do Património Mundial deliberou, esta manhã, que o bem “Universidade Coimbra. Alta e Sofia”, proposto por Portugal, possuía inquestionável valor universal excepcional e que merecia ser classificado como Património de toda a Humanidade.
A área classificada pela UNESCO está situada em duas zonas do centro histórico da cidade de Coimbra: uma na encosta da cidade, a Alta, e a outra na parte baixa, a Sofia.
A notícia foi recebida com enorme satisfação pelo reitor da Universidade, João Gabriel Silva, para quem a distinção vai reforçar o prestígio externo da instituição.
Por exemplo, em termos de “projectos de investigação, melhores parcerias”.
O presidente da Câmara de Coimbra, João Paulo Barbosa, destaca, por seu lado, a importância que a classificação vai ter no turismo.
“Se olharmos para a lista de patrimónios classificados pela UNESCO, no mundo inteiro, não chega a mil. Fazer parte desse clube restrito é abrir as portas a uma curiosidade por parte de terceiros que se traduz a fluxo de visitantes muito acima dos anteriores”, sustenta, em declarações à Renascença.
A UNESCO reconheceu o mérito de uma candidatura que fez a ponte entre o passado e o futuro, recordando que foi na Universidade de Coimbra que nasceu a língua portuguesa.
Outros Patrimónios portugueses e da Humanidade
A Universidade de Coimbra juntou-se hoje aos centros históricos de Angra do Heroísmo, Évora, Porto e Guimarães. Mas Portugal tem ainda como património mundial o Mosteiro da Batalha, o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém, bem como o Convento de Cristo, em Tomar.
A Paisagem Natural de Sintra, os sítios pré-históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa e de Siega Verde, a Floresta Laurissilva da Madeira, o Alto Douro Vinhateiro, a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico e a maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, são também Património Mundial da UNESCO.
A história da presença portuguesa na restrita lista do património mundial da UNESCO começou em Dezembro de 1983, em Florença, Itália, quando o comité entregou o título ao Centro Histórico de Angra do Heroísmo, ao Mosteiro da Batalha, ao Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém e ao Convento de Cristo.
Três anos depois, em 1986, foi a vez de o Centro Histórico de Évora receber a distinção da UNESCO, que o considerou um "testemunho de uma troca considerável de influências durante um dado período ou numa determinada área cultural" e, tal como Angra do Heroísmo, um "excelente exemplo de um tipo de construção ou um conjunto arquitectónico ou tecnológico ou paisagístico, ilustrando um ou mais períodos significativos da história da humanidade".
O Mosteiro de Alcobaça, com "uma das mais importantes abadias cistercienses europeias, atendendo ao seu estado de conservação e à sua arquitectura, símbolo de Cister" recebeu o estatuto da Unesco em 1989 e, em 1995, a Paisagem Cultural de Sintra entrou também na lista, pelo seu "valor universal extraordinário, representando uma abordagem pioneira ao paisagismo Romântico que teve uma destacada influência nos desenvolvimentos de outras partes da Europa".
No ano seguinte (1996), o centro histórico do Porto enriqueceu a lista, seguindo-se, em 1998, a classificação dos Sítios Pré-históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio Côa e de Siega Verde.
A Floresta Laurissilva da Madeira recebeu o título em 1999, seguindo-se, em 2001, o centro histórico de Guimarães, pela sua "preservação excecional".
Nesta mesma sessão de 2001 também o Alto Douro Vinhateiro mereceu a honra atribuída pela UNESCO.
Em 2004, a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico, nos Açores, foi também considerada Património Mundial e, em 2012, foi a vez de a maior fortificação abaluartada do mundo, em Elvas, ser também classificada.
Também em 2012, Portugal inscreveu o Fado na lista do Património Imaterial da UNESCO, numa iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa.
=Renascença=
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