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quinta-feira, 25 de julho de 2013

«QUE LIBERDADE É A NOSSA?»

É preferível viver-se em liberdade! Mas, liberdade para quê? Para quem?

Liberdade para roubar, para matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?

Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos e hipócritas?

Falam de uma noite que durou 48 anos, enquanto fecham os olhos à ladroagem, à roubalheira e ao desmando que, à luz do dia, já dura há 39!

Fala-se talvez demasiado em liberdade! Para quem?

Liberdade que se vê de dentro de casa, por trás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumados!

Mas, afinal, que se vê?

Vê-se incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, traficantes, polícia pacificadora, exército nos quartéis, traficantes por todos os cantos e palácios, negociações de bandidos, violência e tanta hipocrisia.


Olhando mais além, vemos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e violentados, enfermeiros a ganharem menos que uma “mulher a dias” tendo nas mãos a vida de pessoas, conivência e mentiras, crianças famintas, velhos violentados e com medicamentos racionados…!

Da janela de casa e nos ecrãs televisivos vemos bloqueios de ruas e estradas, manifestações populares queixando-se da triste vida que têm, terras invadidas, polícias que passam para o outro lado da barreira e assaltos à mão armada.

Vivemos numa terra sem lei, sem justiça, assistimos a massacres e sequestros. Um país em que a família já não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, padrastos e pederastas, por amigos e patrícios ou estrangeiros.

Onde vivemos nós, afinal?

Vivemos no país da impunidade, onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indemnizado e transformado em herói! Onde os bandidos de colarinho e gravata fazem leis para si, organizam “orgias políticas” e vendem sentenças!

Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é retirada a seus donos, os bancos apresentam lucros fabulosos à custa da cidadania.

É aqui, na terra da liberdade, que encontramos a “crakolândia”, o “roubauto” e outras “diversões” de alguns, muitos, sob o olhar contemplativo da polícia!

Vivemos no país da censura velada, dos toques a recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor e com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, e de dentro delas até se podem candidatar a cargos políticos!

Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê? Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou do banditismo organizado e institucionalizado que o controla?

Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?

E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?

Quanta falsidade, quanta mentira, quanta canalhice ainda teremos de suportar,sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a auto-estima e a própria dignidade?

Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?

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