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sábado, 20 de julho de 2013

«COMO ERA DE ESPERAR…»

Quando o presidente da República decidiu optar pela triste e pobre solução de colocar os três partidos a conversar, entre si, sobre os destinos da Nação, nada de outro se podia esperar que uma boa salgalhada.

O curioso é que, talvez para que ninguém o pudesse acusar de interferir nas conversações, decidiu ir até às ‘Selvagens’,  ou “Desertas”, delegando no seu assessor David Justino o acompanhamento dos “trabalhos”.

Ele sabia, desde o início que, devido à arrogância dos intervenientes nestas conversas da treta, o fim só poderia ser aquele que foi. O total fracasso, o que todos devemos aplaudir de pé e efusivamente!

Aliás, se o presidente tivesse pensado um bocado antes de decidir-se por esta farsa, mais uma, teria podido chegar á conclusão, óbvia, de que quer o PSD e sobretudo o CDS, duo que apoia e suporta o actual governo de modo algum cederia ao PS fosse o que fosse, partindo do princípio de que a eles dois faziam a maioria, razão pela qual o PS deveria dali sair amachucado, talvez mesmo destroçado, e quanto mais melhor para ambos.

De lado ficaram o PCP e o BE, pois não foram convidados, “atempadamente” para fazerem também parte da fantochada inventada pelo presidente, que de antemão sabia que dali só poderia sair um “aborto”.

Deve ter ficado feliz quer pelo desfecho das conversações, quer por ter gasto aqueles 160 mil euros em tão curto espaço de tempo, fazendo com que os portugueses se vejam cada vez mais privados de uma vida condigna.

Mas, era preciso, imperativo mesmo, dar uma lição a todos “esses gajos” que ousam opôr-se quer às suas decisões quer às de um governo cujo lema é «Austeridade Custe o que Custar».

Felizmente, as coisas sairam mal, o tiro saiu pela culatra, e o PS pôde sair dali incólume e com todas as suas capacidades ilesas.

Nada disto estava nos planos quer do senhor presidente quer dos partidos da coligação, uma vez que a cegueira causada pela arrogância lhes não permitiu ver que existem pessoas inteligentes nos prtidos de esquerda, que representam a força viva da maioria dos portugueses, que anseiam pela mudança célere.

Depois do malogro das conversações, pelos motivos citados, o PS, tomando a dianteira, através do seu líder, decidiu explicar aos portugueses o que realmente se tinha passado, podendo estes verificar que apenas com os partidos de esquerda podem ter esperanças no futuro e numa vida melhor.

Aliás, já começou a troca de acusações por parte do PSD, às quais se seguirão as do CDS, que não poderá ficar para trás, após as explicações prestadas ao povo português pelo líder do PS, mas também pela compreensão dos restantes partidos do quadrante esquerdo da política nacional.

Não será, pois, de estranhar que, quer o PSD quer o CDS, em total sintonia, mas sem a anunciada e propalada coesão, venham agora acusar o PS de ser o culpado pelo aborto das conversações, mostrando-se até um tanto contemplativos, afirmando-se dispostos a continuar a conversar, alegando tratar-se do interesse nacional, quando se limitam a defender os interesses corporativos que ambos possuem.

Seria desejável que o presidente se convencesse, de uma vez por todas, que deverá, no mais curto espaço de tempo, devolver a palavra aos portugueses, dissolvendo a Assembleia da República e convocando eleições antecipadas, mas não da forma como o fez antes, cujo “parto” seria de 11 meses. Até nisso estamos à frente de todos, já que um parto normal deve ter a duração de apenas 9 meses.


Deveriam ter mais cuidado no que se refere à  inteligência dos portugueses. Mas, agora, estou convencido de que o presidente da república amuará primeiro, depois far-se-á caro e só depois de um longo mutismo virá a lume dizer de “sua justiça!”

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