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domingo, 21 de julho de 2013

«NADA SE FAZ SEM UM POUCO DE AUSTERIDADE»

Mais logo, quando for içada a bandeira nacional no palácio de Belém, todos ficaremos a saber que já lá terá chegado aquele que, todos o dizem, é o representante máximo da Nação, sendo o que muito bem se constata em certos estratos sociais.

Trata-se do designado mais alto magistrado da Nação, o presidente da República, talvez o político mais titubeante de que tenhamos memória desde que o país “sonha” que vive em democracia.


Serão muitos a pensar assim; mas, que eles comam tudo quanto lhes colocam na frente, e imediatamente, será problema deles.


Actualmente, no nosso país prepara-se não sei que iguaria, não sei que farinha para crianças anémicas que ainda não pensam, as coitadas, que, à força de receberem alimentos demasiado leves, não sentem apetite. O que, em suma, é apenas um meio mal social nacional. O pior é que, enfraquecida fisicamente, a cidadania, destituída de vontade, de enrijecimento, se tornará também anémica moralmente.

Dizem os políticos dominantes que assistem a um espectáculo instrutivo, reconfortante, já que sempre foi desejável que, como disse alguém nos tempos da ditadura, “o povo para ser humilde e obediente, deve passar fortes privações!”
Poderia encher várias páginas acerca deste assunto e citando vários exemplos, preferindo, no entanto, ficar por aqui. Porquê? Porque o abuso do conforto ocasionou a aversão e a falta de hábito do esforço. E os portugueses devem viver sempre e cada vez mais esforçados.

Não falo apenas das costas arqueadas, dos tórax encolhidos, dos ombros caídos, mas da flexibilidade da vontade, do abandono,  que é a sua fatal consequência, e a mais grave, aliás.

Médicos falam da falta de resistência à fadiga muscular e nervosa, da indolência, física, da falta de rigidez, mas não se cuida muito do que são, igualmente, sinais de que é forçoso interpretar tudo no plano mental.

E, paradoxalmente, é em momentos como estes, que alguém tem a distinta honra de fazer anunciar que se vão racionar os remédios, isto é, os medicamentos farmacêuticos, para melhor racionalizar o seu consumo, nem que seja após a morte..!

Que mil raios me partam se compreendo semelhante decisão, que a médio prazo causará a ruina física e mental de uma grande parte da população nacional, sobretudo a dos  velhos deste país, mas também de muitas crianças que nascem debilitadas.

E, queira ou não, dou comigo a imaginar o mundo em retrocesso de pelo menos  75 anos, quando surgiu aquele lunático chamado Hitler, que pretendia recriar a raça ariana e mandar abater quem nascesse deficiente ou atingisse certa idade com alguma doença.

Não deveremos ficar admirados que, qualquer dia, comecem a racionar também os produtos alimentares, que seja criada uma nova Direcção Geral da Intendência Nacional, que apenas os capitalistas possam alimentar-se convenientemente – o que aliás já sucede – e que os mais pobres e carentes sejam recolhidos já mortos pelas ruas das cidades portuguesas, quer por falta dos medicamentos quer pela falta de alimentação.

Que ninguém me peça para manter a calma, já que ver morrer os meus semelhantes sem qualquer apoio, sem o apoio desejado e merecido por todo o ser humano, mas que o actual governo recusa apenas por razões economicistas.

Não foi em vão que nomearam um economista como ministro da saúde!


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