Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 22 de julho de 2013

«A CULTURA DE INFLUÊNCIA»

Com as minhas limitações, temendo estar a ver cornos nas cabeças de cavalos, de modo algum me sinto distante da realidade, sobretudo quando ouço alguém dizer determinadas “coisas” acerca de tudo o que se vive em Portugal.

Há anos falou-se num “monstro” e perguntava-se quem seria seu pai. Tratava-se, segundo se dizia, de um monstro bem real, dotado de força e poder suficientes para emparedar qualquer oposição e abocanhar o poder.

Nos dias de hoje diz-se que o radicalismo tomou conta do País; nas minhas limitações, sempre nelas, diria o seguinte: “Poder-se-ía dizer que estamos em vésperas de entrar numa guerra civil. (…)

Aumenta o crime organizado, não apenas nas ruas como em certos “palácios”, usam-se coktails molotov nas ruas e onde lhes dá jeito, as forças policiais agem tardiamente e mal, muito mal por vezes, durante as manifestações levadas a cabo por todos os descontentes sem trabalho nem vida com dignidade.

Custa a crer e a compreender que nada mais se possa esperar de um governo cujo líder parece conhecer apenas a austeridade, o que até parece agradar ao presidente da República que, nos seus discursos dirigidos aos portugueses acabe por dar o dito por não dito, muito menos feito, sublinhando enfaticamente que o actual governo mantém a plenitude dos seus poderes, apesar de tudo.

Será demasiado tarde para que o presidente se convença, também ele, de que deve apenas zelar pelos interesses da nação e não pelos do seu partido de sempre, o PSD, que tem demonstrado uma tremenda incompetência e um desprezo pelos portugueses de menores recursos aberrante?

Será demasiado tarde para que os partidos possam ser convencidos de que devem zelar pelos interesses nacionais e não pela su projecção que lhes oferece o poder?

Existem em Portugal dois extremos; de um lado o Portugal político, composto por pessoas que procuram apenas as suas comodidades, e, no extremo oposto, situam-se aquelas que parecem andar numa montanha-russa emocional; rindo-se num momento, chorando no outro – diz-se que têm instabilidade, ou labilidade, afectiva, o que é sinal de uma personalidade instável ou de pressões consideráveis.

É de esperar que o actual governo se tenha cercado de lideranças confiáveis, existentes em todos os poderes do Estado e nas respectivas corporações estratégicas. Não pode correr riscos de sofrer tentativas de diversionismos primários, como aquele que levou à recente crise em que mergulhou de cabeça.

Porque razão, ou razões, se comportam os partidos políticos da forma como o  fazem, confundindo cada vez mais o povo? Será do interesse nacional que assistamos a todo esses tabus presidenciais, a essas conversas da treta como a da “salvação nacional”, na qual cada partido puxava simplesmente a brasa à sua sardinha?

Trata-se de saber agora que posição irá tomar o Povo português e qual a maneira de exprimir as emoções que sente e vive no seu dia-a-dia.

Será que os partidos do arco do poder, ou da governança – como são agora designados – não vêm que têm de arrepiar caminho na austeridade que têm conduzido os cidadãos à miséria profunda e ignóbil?

Portugal tinha avançado bastante, tanto em soberania como em desenvolvimento sócio-económico, para voltar a chafurdar no lodaçal das repúblicas bananeiras.






Sem comentários:

Enviar um comentário