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domingo, 2 de junho de 2013

«BASTA, SENHOR PEDRO!!!»

Em terras transmontanas, que muitos pensam ser as suas, esquecendo-se ser natural de Coimbra, fez afirmações falsas, mentindo uma vez mais aos portugueses, quer os que o ouviam lá como os que o ouviram através das televisões.

Afirmou, por exemplo, “que não culparia ninguém se quiserem escolher outros para governar.”

Logo de seguida disse a talvez maior mentira, afirmando “ter uma missão histórica pela frente”, garantindo que “dará conta dela”.

Ao dizer que não tomará medidas populistas a pensar nas eleições, armando-se em vítima, fazendo comparações carregadas de pensamentos que mostram o quanto é exímio na arte de proferir mentiras, que deve ser a coisa que melhor sabe fazer na vida, já que de político só tem, precisamente a mentira a oferecer aos portugueses.

Vejamos uma coisa: aquando da sua vitória em 2011, tinha afirmado solenemente na sua campanha que não aumentaria os impostos, que não sacrificaria mais os cidadãos – pois não havia motivos para tal – e, logo que eleito, foi a calamidade, é-a ainda e continuará a sê-lo, que todos conhecemos.

Aliás, ao afirmar dizer não ao populismo, já estava a usá-lo e a oferecê-lo aos que o ouviam directamente no local. Penso que não o acreditaram e nem o aceitaram, pois também eles se encontram na mesmíssima situação dos demais no país, devido às suas medidas que não se limitam a ser impopulares, mas cruéis para a sociedade.

Acha mesmo que os portugueses se esquecerão de tudo isso no acto de votar? Se assim é, será melhor tratar-se.

Ora, também não é verdade que o PSD tenha uma missão histórica, a não ser que a de recordar a altura da sua fundação e as pessoas que o fundaram, que sempre pertenceram e “amaram” o anterior regime, o tal da ditadura salazarista.

Aliás, o PSD e o CDS estão muito bem enquadrados na coligação que lhe fornece a maioria que apoia, já não com o mesmo entusiasmo inicial, é verdade, mas que nos bastidores lhe tem causado fortes dores de cabeça, em nada comparáveis com as sentidas pela cidadania em geral.

Teve também um  espaço reservado à comédia, à palhaçada, quando afirmou,com aquele seu ar solene de ocasião, que primeiro está o país e só depois o seu partido.

Dou-lhe a minha palavra de que soltei uma forte gargalhada, dizendo para com os meus botões que, afinal, o “outro” se enganou no alvo quando se referiu à existência de um palhaço cá no país, pois temos muitos e bons.

A sua missão, de que tanto fala, nunca existiu a não ser na sua mente que o trai de vez em quando, como foi o caso de ontem, quando se referiu à dignidade e honradez, e que iria, com seus lacaios fazer de conta que não estão a tomar medidas difíceis, sabendo que o são e que não iriam fazer de conta.

Nada mal para um primeiro-ministro tal discurso, que demonstra bem como realmente se sente interiormente, uma vez que sabe, e tenho a certeza de que sabe, que não ignora todos os sacrifícios, toda a miséria e fome que têm causado as tais ditas cujas medidas que não irão fazer de conta de que não existem e que devem ser explicadas (a quem?) e porque são tomadas (ao povo que trata de estúpido e de ignorante tomando-o por lorpa?).

Diz-se cá pelo Porto há já muitos anos que quando assim se fala e assim se age, como tem agido no   governo, que bem mereceria um “enxarcado”, e afinal somos todos nós quem o levamos no lombo devido à sua arrogância, às suas mentiras colossais e a toda a sua “raiva que o corrói”, mas felizmente para nós, apenas e tão-só até ao momento de se conhecer o resultado das eleições, demonstrativo de que afinal o banho foi o senhor Pedro quem o tomou.

Tenho cá a impressão de que, mesmo no distrito designado por “Cavaquistão” – Viseu – irá conhecer o sabor amargo da derrota. Aliás, outra coisa não será de esperar de quem tão maltratado tem sido por si e pelos seus acólitos.


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