Em terras transmontanas, que muitos pensam
ser as suas, esquecendo-se ser natural de Coimbra, fez afirmações falsas,
mentindo uma vez mais aos portugueses, quer os que o ouviam lá como os que o
ouviram através das televisões.
Afirmou, por exemplo, “que não culparia
ninguém se quiserem escolher outros para governar.”
Logo de seguida disse a talvez maior mentira,
afirmando “ter uma missão histórica pela frente”, garantindo que “dará conta
dela”.
Ao dizer que não tomará medidas populistas a
pensar nas eleições, armando-se em vítima, fazendo comparações carregadas de
pensamentos que mostram o quanto é exímio na arte de proferir mentiras, que deve
ser a coisa que melhor sabe fazer na vida, já que de político só tem,
precisamente a mentira a oferecer aos portugueses.
Vejamos uma coisa: aquando da sua vitória em
2011, tinha afirmado solenemente na sua campanha que não aumentaria os
impostos, que não sacrificaria mais os cidadãos – pois não havia motivos para
tal – e, logo que eleito, foi a calamidade, é-a ainda e continuará a sê-lo, que
todos conhecemos.
Aliás, ao afirmar dizer não ao populismo, já
estava a usá-lo e a oferecê-lo aos que o ouviam directamente no local. Penso
que não o acreditaram e nem o aceitaram, pois também eles se encontram na
mesmíssima situação dos demais no país, devido às suas medidas que não se
limitam a ser impopulares, mas cruéis para a sociedade.
Acha mesmo que os portugueses se esquecerão
de tudo isso no acto de votar? Se assim é, será melhor tratar-se.
Ora, também não é verdade que o PSD tenha uma
missão histórica, a não ser que a de recordar a altura da sua fundação e as
pessoas que o fundaram, que sempre pertenceram e “amaram” o anterior regime, o
tal da ditadura salazarista.
Aliás, o PSD e o CDS estão muito bem enquadrados
na coligação que lhe fornece a maioria que apoia, já não com o mesmo entusiasmo
inicial, é verdade, mas que nos bastidores lhe tem causado fortes dores de
cabeça, em nada comparáveis com as sentidas pela cidadania em geral.
Teve também um espaço reservado à comédia, à palhaçada,
quando afirmou,com aquele seu ar solene de ocasião, que primeiro está o país e
só depois o seu partido.
Dou-lhe a minha palavra de que soltei uma
forte gargalhada, dizendo para com os meus botões que, afinal, o “outro” se
enganou no alvo quando se referiu à existência de um palhaço cá no país, pois
temos muitos e bons.
A sua missão, de que tanto fala, nunca
existiu a não ser na sua mente que o trai de vez em quando, como foi o caso de
ontem, quando se referiu à dignidade e honradez, e que iria, com seus lacaios
fazer de conta que não estão a tomar medidas difíceis, sabendo que o são e que
não iriam fazer de conta.
Nada mal para um primeiro-ministro tal
discurso, que demonstra bem como realmente se sente interiormente, uma vez que
sabe, e tenho a certeza de que sabe, que não ignora todos os sacrifícios, toda
a miséria e fome que têm causado as tais ditas cujas medidas que não irão fazer
de conta de que não existem e que devem ser explicadas (a quem?) e porque são
tomadas (ao povo que trata de estúpido e de ignorante tomando-o por lorpa?).
Diz-se cá pelo Porto há já muitos anos que
quando assim se fala e assim se age, como tem agido no governo, que bem mereceria um “enxarcado”, e
afinal somos todos nós quem o levamos no lombo devido à sua arrogância, às suas
mentiras colossais e a toda a sua “raiva que o corrói”, mas felizmente para
nós, apenas e tão-só até ao momento de se conhecer o resultado das eleições,
demonstrativo de que afinal o banho foi o senhor Pedro quem o tomou.
Tenho cá a impressão de que, mesmo no
distrito designado por “Cavaquistão” – Viseu – irá conhecer o sabor amargo da
derrota. Aliás, outra coisa não será de esperar de quem tão maltratado tem sido
por si e pelos seus acólitos.
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