Será que deveremos felicitar-nos pela
situação que vivemos e que nos foi proporcionada pelo actual governo?
Formulemos esta hipótese: “este governo não presta porque não respeita os
cidadãos nem se respeita a ele próprio, manifestamente.”
Muito sincera e lealmente, reconhecem, depois
destes dois anos que passaram desde que receberam o voto da maioria dos
portugueses? Reconhecem nele algum talento qualquer, excepto o de engendrar
continuamente novas medidas de austeridade?
E no presidente da República? Será possível
que, por detestar eleições obrigue todo
o povo português a submeter-se a todo esse regabofe de cortes e recortes, tudo
fazendo para manter os carrascos no poder, e que se lixe o povo?
Amanhã comemora-se mais um Dia de Portugal e
das Comunidades, da Raça e de Camões, desta feita em Elvas, onde serão
medalhadas pessoas que nada fizeram pelo bem da Pátria e muito menos pelo bem
da cidadania. Cumprir-se-á apenas mais um capricho dos conselheiros do
presidente, mas sobretudo do governo em funções, pois, muito sinceramente não
vejo qualquer motivo para que sejam agraciadas determinadas personagens ontem
reveladas.
Que devemos pensar, senão que, sobretudo uma
delas deverá servir de exemplo a quem recentemente a substituiu na liderança de
uma Central Sindical?
Não devemos invocar, é certo, posições
sociais, planos para o futuro e exigências de fortuna ou de família, muito
menos política. Devemos, pelo contrário, enterrar corajosamente o passado e
encarar estoicamente o futuro, que se mostra completamente negro, especialmente
para os nossos filhos e netos. Porque nós…
Veja-se o que se passa pelo país, que se está
a tornar, lenta e paulatinamente num “beco” onde aumenta a violência, onde
crescem as doenças do foro pasiquiátrico e outras, onde se desenvolverão ainda
mais novas doenças, graças à decisão de um ministro da Saúde que pretende o uso
de mteriais usados e esterilizados saberá Deus como, nos nossos hospitais, tudo
por exclusivo interesse económico.
Se posso concordar existirem exageros nos
gastos de materiais, de certos materiais cirúrgicos, existem outros métodos
para evitar a reutilização desses mesmos materiais, sobretudo porque se irá
assistir ao recrudescimento de novas/velhas doenças.
Não devereis (emos) aceitar que se diga “veremos”,
pois nesse momento será já demasiado tarde para os entes queridos sujeitos a
essas novas experiências ignóbeis. A solução que se impõe e que deve ser tomada
imediatamente, é a de exigir respeito pela vida da cidadania nacional com o uso
desses catéteres e sondas, algálias e outros, por muito bem esterilizadas que
sejam, temos de ter em conta que já foram utilizadas e que poderão desencadear
verdadeiras epidemias.
Sendo reconhecida a aptidão dos nossos (des)
governantes para as poupanças nas pessoas do povo, e só do povo e nos
estabelecimentos pertencentes ao Serviço Nacional de saúde, já muito precário,
estabelecimentos onde, por culpa dos governantes vegetam muitos cidadãos de
menores recursos, pois os políticos fazem-se tratar em clínicas privadas e com mteriais descartáveis
que, possivelmente poderão transitar, após os servirem, para os
estabelecimentos do SNS.
Armam-se em técnicos, em contramestres, ms também em comerciantes
vigias de laboratórios, quando deveriam dedicar-se mais à agricultura, fazendo
deles alguma coisa.
Despertem o automatismo adormecido que há em
todos vós, pensai nos vossos familiares e talvez possam fornecer a educação e
formação, talvez possibilitem e evitem o total desprezo demonstrado por um
ministro da Saúde que dela nada percebe, mas que entende de economia e até de
finanças.
Alguém, por muito rico que seja pode comprar
a morte? Então, eles que a comprem e que sejam eles a usar os materiais em
segunda mão.
Os portugueses têm mostrado e demonstrado que
não se resignam, enquanto os nossos políticos dominantes se mostram arquétipos
dos inimigos dos cidadãos de menores recursos, que serão, caso a medida avance,
as únicas vítimas da sua sofreguidão.
Moral: reabilitemos os nossos sentimentos,
sobretudo o da revolta contra o desprezo
que temos sido votados pelos “mandões”
que nem se importam de matar para ficarem melhor servidos.
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