Se assim fosse, poderiam até “ensiná-las aos
senhores juízes” que parecem demonstrar grandes problemas em interpretá-las, no
que respeita à elegibilidade, ou não, de todos esses candidatos que tão bem
simulam desconhecê-las; às leis.
Tanto se me dá que o Menezes se candidate ao
Porto, pois jamais votaria nele. Mas torna-se deprimente ver e sentir, observar
que aqueles que devem aplicar as leis, que com eles lidam diariamente – os juízes
– tentem meter-nos os dedos pelos olhos dentro, fazendo uma interpretação das
ditas um tanto aberrante.
Até podem dar a impressão de que a lei em geral
se deve apenas aplicar aaos mais pobres e ignorantes, à ralé popular e nunca
aos senhores que, por isso, se pensam donos e senhores do país.
E, se o Rui Rio equilibrou as contas de modo
a não deixar uma Câmara endividada, apesar de ter destruído o belo “jardim da
cidade” que era a Avenida dos Aliados, transformando-a numa zona de blocos de
cimento, pelo menos preservou os munícipes de impostos extraordinários para
pagarem a factura de uma má gestão financeira, que vai enganá-los, iludi-los
como aconteceu aos gaienses que, dentro em breve, sofrerão na pele paara pagarem
s dívidas que lhes deixou o Menezes.
Tudo isto seria escusado se os juízes,
senhores juízes, excelências.., decidissem interpretar as leis
convenientemente.
E como acredito que outras forças políticas
impugnarão a elegibilidade de Menezes no Porto, lá terá o Tribunal
Constitucional de se pronunciar sobre o assunto, o que nunca aconteceu em
Portugal, já que antes as leis eram cumpridas ou, caso contrário, os seus
infractores eram julgados e condenados a preceito.
Fizeram uma lei de limitação de mandatos que
não é respeitada, que é mal interpretada pelos senhores juízes – que talvez
sejam portistas e prefiram melhor relacionamento entre a Autarquia e o seu
clube, que deve ser recebido com pompa e circunstância na Câmara – devendo os
atletas e dirigentes subir ao Salão Nobre e irem até à varanda par que o povo portista
rejubile delirantemente ao vê-los em lugar tão importante, e as cores do seu
clube exibidas desde a varanda dos Paços do Concelho.
Depois, há mesmo aqueles juízes pelo país,
que dão o dito por não dito, arrependidos de terem dito sim, dizendo agora
não!, a certas candidaturas.
Realmente, o país está demasiado doente,
devendo ser seriamente intervencionado cirurgicamente e medicado, e poder gozar
de uma longa convalescença.
Nunca fui adepto, jamais o serei, da ligação
entre o dito desporto e a dita política, e muito menos o sou da promiscuidade
possível entre essas duas actividades e a justiça.
É incrível o que se pode fazer com a justiça
social, humana e política neste país!
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