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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

«TODOS OS CIDADÃOS DEVEM CONHECER AS LEIS»

Se assim fosse, poderiam até “ensiná-las aos senhores juízes” que parecem demonstrar grandes problemas em interpretá-las, no que respeita à elegibilidade, ou não, de todos esses candidatos que tão bem simulam desconhecê-las; às leis.

Tanto se me dá que o Menezes se candidate ao Porto, pois jamais votaria nele. Mas torna-se deprimente ver e sentir, observar que aqueles que devem aplicar as leis, que com eles lidam diariamente – os juízes – tentem meter-nos os dedos pelos olhos dentro, fazendo uma interpretação das ditas um tanto aberrante.

Até podem dar a impressão de que a lei em geral se deve apenas aplicar aaos mais pobres e ignorantes, à ralé popular e nunca aos senhores que, por isso, se pensam donos e senhores do país.

E, se o Rui Rio equilibrou as contas de modo a não deixar uma Câmara endividada, apesar de ter destruído o belo “jardim da cidade” que era a Avenida dos Aliados, transformando-a numa zona de blocos de cimento, pelo menos preservou os munícipes de impostos extraordinários para pagarem a factura de uma má gestão financeira, que vai enganá-los, iludi-los como aconteceu aos gaienses que, dentro em breve, sofrerão na pele paara pagarem s dívidas que lhes deixou o Menezes.

Tudo isto seria escusado se os juízes, senhores juízes, excelências.., decidissem interpretar as leis convenientemente.

E como acredito que outras forças políticas impugnarão a elegibilidade de Menezes no Porto, lá terá o Tribunal Constitucional de se pronunciar sobre o assunto, o que nunca aconteceu em Portugal, já que antes as leis eram cumpridas ou, caso contrário, os seus infractores eram julgados e condenados a preceito.

Fizeram uma lei de limitação de mandatos que não é respeitada, que é mal interpretada pelos senhores juízes – que talvez sejam portistas e prefiram melhor relacionamento entre a Autarquia e o seu clube, que deve ser recebido com pompa e circunstância na Câmara – devendo os atletas e dirigentes subir ao Salão Nobre e irem  até à varanda par que o povo portista rejubile delirantemente ao vê-los em lugar tão importante, e as cores do seu clube exibidas desde a varanda dos Paços do Concelho.

Depois, há mesmo aqueles juízes pelo país, que dão o dito por não dito, arrependidos de terem dito sim, dizendo agora não!, a certas candidaturas.

Realmente, o país está demasiado doente, devendo ser seriamente intervencionado cirurgicamente e medicado, e poder gozar de uma longa convalescença.

Nunca fui adepto, jamais o serei, da ligação entre o dito desporto e a dita política, e muito menos o sou da promiscuidade possível entre essas duas actividades e a justiça.


É incrível o que se pode fazer com a justiça social, humana e política neste país! 

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