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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Alemanha: Grécia deve pagar dívida com património

Líder da Federação da Industria Alemã defende que Atenas deve transferir parte do seu vasto património nacional para o fundo de resgate europeu

O presidente da Federação da Industria Alemã (BDI), Ulrich Grillo, propõe como alternativa na resolução da crise grega que Atenas transfira parte do seu vasto património nacional para o fundo de resgate europeu, que poderá vendê-lo para se financiar.

Numa entrevista publicada esta terça-feira no diário alemão «Westdeutsche Allgemeine Zeitung», e citada pela EFE, Grillo critica as reservas de Atenas em desvincular-se de bens da propriedade do Estado para sanear as suas contas públicas.

Na sua opinião, as privatizações deveriam ser um instrumento efetivo de aplicação geral para solucionar os problemas orçamentais nos países da zona euro.

«Cada Estado membro da união monetária que atravesse dificuldades financeiras deveria ter a possibilidade de transferir património estatal - como empresas públicas - para o Mecanismo de Estabilidade europeu (ESM)», tendo como contrapartida «uma redução da sua divida», sustenta Ulrich Grillo.

Para Grillo, no caso grego deveriam aplicar-se as regras da economia privada: «Se uma empresa se declara insolvente, os credores não desistem de cobrar [os seus créditos] até que o administrador da companhia tenha analisado os seus bens patrimoniais», sublinhou o presidente da federação da indústria.

«Na Grécia ¿ continuou ¿ há património nacional no valor de várias centenas de milhares de milhões de euros; é o caso, por exemplo, de empresas do setor da energia, portos, aeroportos ou imobiliárias».

Nos termos da proposta de Grillo, a Grécia poderia transferir parte do seu património para o ESM para que este pudesse aliená-lo, mantendo Atenas uma opção de recompra.

A posição de Ulrich Grillo surge numa altura em que a crise grega e a possibilidade de este país do mediterrâneo vir a precisar de um novo pacote de ajuda financeira por parte dos parceiros europeus se tornou uma questão central na campanha eleitoral alemã, depois de o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, ter admitido este cenário na semana passada.

=TVI24=

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