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terça-feira, 27 de agosto de 2013

«SOBRE O TEMPO E A MENTE»

O cérebro é uma máquina do tempo, um metrónomo, que vai regulando segundo a segundo o funcionamento do nosso corpo no seu processo contínuo de evolução e mudança desde o nascimento à velhice.

“Penso que apenas uma pessoa em mil consegue realmente viver no presente. A maioria gasta 59 minutos de cada hora a viver no passado, com pena das alegrias perdidas ou vergonha pelas coisas mal feitas (sentimentos ambos inúteis e frustrantes), ou num futuro que anseia ou que teme.

A única forma de viver é aceitar cada minuto como um milagre que não se repete, pois é exactamente o que ele é – um milagre que não pode repetir-se.”

“Se os cientistas conseguirem realmente localizar este ‘relógio’ no nosso cérebro, poderão dar forma ao que outros sempre suspeitaram – que esse relógio é responsável pela nossa preocupação com o tempo.

A razão pode estar no facto de o calor acelerar s reacções químicas. Na verdade, a frequência cardíaca, aumentam em função da temperatura.

Se o tempo é determinado pela velocidade de reacções químicas, a elevação da temperatura do corpo deverá acelerar as reacções, e esta aceleração provocará mais alterações químicas, fazendo o tempo fisiológico passar mais rapidamente par um determinado intervalo de tempo real.”

“Ontem.., com as folhas secas a rodopiar em volta dos meus pés, pensei no que significara crescer; a  sensação voltou-me, nítida como uma febre… o sentimento omnipresente de esperar que a vida verdadeira começasse, sabendo que ela estava ali ao virar da esquina, sem saber o que seria…

Quando cheguei à adolescência, a vida estava tão perto que podia tocar-lhe.

Nessa altura, a única maneira de aliviarmos esta ansiedade era agarrarmo-nos aos momentos importantes do presente, ensaios para os grandes acontecimentos que haveriam de surgir mais tarde…”

E esses momentos chegaram finalmente! Vivemos momentos dramáticos, tempo da ditadura, momentos de “crise”, momentos de crítica severa, momentos de ansiedade pela gravíssima situação de nossos filhos que, em muitos casos, fazem as malas e partem, regressando tempos mais tarde sem terem conseguido a vida que sempre ansiaram e à qual têm todo o direito do mundo.

Direito que lhe é negado, todavia, pelos que receberam os votos necessários para governarem bem o país e que acabaram por se governar a eles apenas e a alguns dos seus amigos e filhos de amigos, cujas habilitações são quase nulas; apenas uma licenciatura, quando a conseguem como a conseguiram aqueles que nos tocam de muito perto e são os motivos de todas as nossas preocupações.

Aí, pára o tempo! Trabalha a mente! E, de que serve essa interrupção de um e o trabalho da outra, se os políticos teimosamente negam os direitos humanos à cidadania jovem, mas também à mais velha?

Desatam a dar opiniões todos esses que se arvoram em sábios e mais não fazem que, além de corroborar as acções dos políticos amigos, que conhecem demasiado bem a palavra austeridade, pactuando com as deploráveis atitudes desses vendilhões do templo nacional.

Aumentam drasticamente as doenças mentais, e eles limitam-se a dificultar cada vez mais o acesso da sociedade em geral aos tratamentos e medicamentos a que deveriam ter direito aqueles que sofrem vendo os seus sofrerem sem poder acudir-lhes.


Pondo a mente a trabalhar, todos chegamos à conclusão de que é tempo de os convidar  sair das cadeiras do poder, a esses verdeiros indigentes mentais da nossa vasta praça!

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