Número total de visualizações de páginas

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

«CATOLICISMO EM PORTUGAL»

Se, há meio século, o catolicismo perdeu terreno em Portugal, se não tem o mesmo poder que em Espanha e na Itália, a alma portuguesa mantem-se profundamente cristã.

A grande maioria da Nação mantém-se ligada à Igreja, e, também só em poucas famílias as crianças não recebem o baptismo e a comunhão, ou os casamentos não são acompanhados pela benção nupcial, onde o padre vive uma vida, em muitos casos, de retiro espiritual e económico.

O clero em Portugal, clero que pretende manter uma dignidade de vida saudável, está representado junto do Vaticano por uma dúzia de cardeais; sente-se animado, nalguns casos, por um sentido social bastante agudo, enviando missionários aos quatro cantos do mundo.

Dispõe de uma igreja em cada aldeia e uma quantidade de estabelecimentos – escolas, colégios, universidades livres – que dispensam uma educação primordialmente religiosa.

É aí que a fé cristã se implantou muito cedo no nosso país. Prosperou muito rapidamente desde há séculos, o que lhe aporta o precioso apoio do poder político actual.

Desde logo, Portugal pode ser considerado como uma nação essencialmente católica, e a parte que tomou nas Cruzadas, marca bem que lugar preponderante ocupa na cristandade. Assim, apesar das graves querelas que “rasgam” por vezes o seu clero,  nunca deixou de merecer o nome “de filho mais velho da Igreja”.

De facto, o cristianismo português manifestou-se em todos os domínios da fé. Produziu mártires; fundadores de ordens; reformadores; santos; predicadores; teólogos; ardentes missionários; fez surgir imensas catedrais, conventos de padres, frades e freiras, clínicas religiosas e hospitais pertencentes a ordens religiosas.

Após o Concílio do Vaticano II, o catolicismo português tomou um novo fôlego.

Os inquéritos, os livros multiplicaram-se para precisar as relações do homem moderno com a religião.

O espírito ecuménico, especialmente o desejo de uma maior união com os protestantes, inspirou um grande número de colóquios e de conferências.

A condição do padre, ela mesma, foi objecto das mais sérias discussões.

Este movimento não acabou (e talvez jamais acabe). Mas, desde já, Portugal tem um papel importante na renovação cristã do século XXI.

E, ao que tudo pode deixar prever, começando pela educação, saúde, estabelecimentos de solidariedade social (IPSS) e tantos outros, que cortarão a iniciativa privada e a remeterão para o canto do esquecimento das entidades governativas, que lhes dispensarão a sua preferência, como sempre acontecia no anterior regime.


Sem comentários:

Enviar um comentário