Olá Carlos, o teu fim de semana foi bom?
Olha, o meu foi uma maravilha.
Comecei às sete da manhã a correr 10 quilómetros para manter a forma e o resto passei-o a tratar a horta.
Uma forma sadia de ter sempre legumes frescos e ecológicos.
O almoço, vitelinha assada no forno, regado com um tinto de Azeitão, e como sobremesa um pudim caseiro. Uma delícia.
E tu, foste até à praia ver os cavalos?
Vestiste o fato de treino e correste? Deste depois uns mergulhos?
Faz-te bem porque estás muito
gordo e o colesterol faz mal ao coração.
Hoje li a tua crónica no JN e para não fugires à regra, não acertas uma.
Então o Porto é uma ideia muito antes de ser uma cidade e as memórias são feitas pelas pessoas que a elas pertenceram e da gente que as conserva e não das pedras inanimadas por onde elas passam?
E as pedras da Casa do Infante?
E a placa que assinala o desastre da Ponte das Barcas e que evitou que as tropas napoleónicas se dirigissem para Sul.
E o seu sacrifício na preparação da armada para a conquista de Ceuta que lhe valeram a alcunha de tripeiros de que muito se orgulham?
A lindíssima e monumental fonte
da Rua Mouzinho da Silveira também é só memória?
Falas nas indigestas elites nacionais e as do Porto uniram-se na decadência que tem assolado a cidade.
Ainda bem que te foste juntar ao entulho de Lisboa, onde te dás como peixe na água.
Congratulas-te, e com razão, quando a cidade se revoltou e não permitiu que a IURDE se apossasse do Coliseu.
Entretanto e por que te convém, nada dizes da entrega, com uma renda simbólica, do RIvoli a Filipe La Féria.
Olha Carlos, dedica-te à pesca mas veste um camuflado para não assustares os peixes.
M.M.
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