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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Brasil abre Assembleia Geral da ONU com possível discurso sobre espionagem global

A brasileira Dilma Rousseff será a primeira chefe de Estado a discursar, hoje, na 68. Assembleia Geral das Nações Unidas, esperando-se que aborde a espionagem global que a fez cancelar a visita aos Estados Unidos.

 Dilma Rousseff tinha programado uma visita oficial aos Estados Unidos  para outubro, mas cancelou-a, justificando com a ausência de uma explicação,  por parte de Washington, acerca das suspeitas de que o Brasil terá sido  alvo de espionagem. 
"As práticas ilegais de intercetação das comunicações e dados de cidadãos,  empresas e membros do governo brasileiro constituem um facto grave, atentatório  à soberania nacional e aos direitos individuais, e incompatível com a convivência  democrática entre países amigos", sustentou a Presidência brasileira. 
A espionagem ao Brasil, divulgada pela TV Globo no dia 01 de setembro,  foi conhecida através de documentos dos serviços secretos dos EUA tornados  públicos por Edward Snowden. 
Hoje, caberá à Presidente do Brasil abrir as elocuções de chefes de  Estado e outros líderes, que se prolongarão durante uma semana, em Nova  Iorque. 
Perante a Assembleia Geral, Dilma Rousseff não deverá perder a oportunidade  para deixar um recado à comunidade internacional, até porque o senhor que  se segue nos discursos é o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Os restantes sete países lusófonos discursarão na Assembleia Geral,  mas apenas Moçambique, Timor-Leste e Guiné-Bissau o farão ao mais alto nível,  pelos respetivos chefes de Estado: Armando Guebuza (hoje), Taur Matan Ruak  (quarta) e Serifo Nhamadjo (quinta-feira). 
Angola estará representada pelo vice-presidente Manuel Vicente, que  intervirá na manhã de sexta-feira, e Cabo Verde pelo primeiro-ministro de  Cabo Verde, José Maria Neves, que falará no sábado. 
Portugal terá à cabeça da sua delegação o ministro dos Negócios Estrangeiros,  Rui Machete, que discursa no sábado. Caberá também à chefe da diplomacia  Natália Umbelina representar São Tomé e Príncipe, no dia 01, último dia  dos discursos.  
A 68. Assembleia Geral das Nações Unidas tem na agenda a resposta a  crises globais, sendo a mais premente a da Síria, a reforma do Conselho  de Segurança e os progressos no desarmamento. 
A pouco tempo do prazo-limite para os Objetivos do Desenvolvimento do  Milénio -- as oito metas que as Nações Unidas consideraram que podiam ser  atingidas até 2015 --, a Assembleia Geral vai também tentar fixar os parâmetros  da agenda para o desenvolvimento a seguir após essa data. 
Da agenda da 68. Assembleia Geral constam três encontros de alto nível:  um sobre mulheres, jovens e sociedade civil; outro sobre direitos humanos  e Estado de Direito; e o terceiro sobre cooperação Sul-Sul, cooperação triangular  e informação e tecnologia para o desenvolvimento. 
Haverá ainda três debates temáticos: sobre o papel das parcerias; sobre  a importância de sociedades estáveis e pacíficas para o desenvolvimento;  e sobre o contributo da água, do saneamento e da energia sustentável para  a agenda pós-2015.

=SIC/Notícias=



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