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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

«A CULTURA DA LADROEIRA»

Senhores governantes de Portugal:

Já tinha ouvido rumores acerca da retirada de comparticpação em certos medicamentos, apesar de descontar mensalmente para o subsistema de saúde a que pertenço.

Hoje, tive a ocasião de ouvir dizer na televisão que essa hipótese se tornou realidade e que poderei continuar a comprá-los na farmácia.

Os senhores governantes afirmam que a situação do país é muito grave, que é necessário procederem a cortes nos salários e nas pensões de reforma. Falam muito bem, mas estão-se marimbando, para não dizer “cagando” para todos aqueles que são vítimas de doenças, que devem tomar, como eu, uma catrozada deles diariamente e, apesar de estar afectado do ponto de vista oncológico, cardíaco e outras mazelas, e ser portador de uma isenção de 80%, obrigam-me a descontar, isto é, descontam automaticamente na minha pensão tudo quanto entendem, obrigando-me a sujeitar-me a nova Junta Médica, e estão-se nas tintas se posso ou não comprar os medicamentos – a partir de agora sem comparticipação – se a minha pensão dá para comer e vestir, para transportes.

Os senhores passam a vida a roubar-nos descaradamente e sem qualquer pudor, como se pudessemos fazer dinheiro a martelo, se o pudessemos roubar como fazem despoduradamente, continuando a falar de um Estado Social que estão a assassinar aos bocados.

Eu, senhores governantes, nada fiz de mal, nunca gostei de dever nada a ninguém, sempre paguei os meus impostos e as contribuições para poder ter uma reforma mais desafogada.

Os senhores governantes pensam-se quem ou o quê? Os senhores podem  até pensar-se “deuses”, quando não passam de montes de esterco do ponto de vista sensibilidade e, enquanto alguns dos senhores se passeiam e abrem contas na Alemanha, estão-se  nas tintas para que o povo morra e, ao que parece, quanto mais depressa melhor.

Os senhores são, exactamente, aquilo que nós designamos por “montes de merda”, da mais fedorenta que se possa imaginar, pois traem o povo de forma continuada.

Uns poucos roubam e nós somos quem paga as facturas todas, mas também pagamos para que alguns dos senhores gozem  à farta com a miséria em que vivemos.

Peço a máxima divulgação das minhas simples palavras, já que quanto mais os meus compatriotas saibam quem os governa melhor.

Peço também desculpa pelo uso de certas palavras que querem dizer isso mesmo, sobretudo no que respeita ao que são.

Deviam ter vergonha e irem todos para casa, uma vez que ladrões já os há demais.

P.M.


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