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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Governo estuda introdução de ‘chip’ obrigatório nas ex-Scut


O Governo está a estudar a possibilidade de tornar obrigatória a utilização de um 'chip' para cobrar as portagens nas ex-SCUT.
O Governo comprometeu-se perante a ‘troika' a introduzir, em Março, novas portagens nas antigas SCUT e em duas outras concessionárias de auto-estradas. O Executivo está ainda a estudar a possibilidade de tornar obrigatório o uso de um identificador electrónico de cobrança equivalente à Via Verde.
Segundo o documento do Governo a que o Diário Económico teve acesso, apresentado à ‘troika' durante a sexta avaliação do memorando de entendimento, em Novembro passado, o objectivo operacional pretendido com o processo de renegociação dos contratos entre o Estado português e as concessionárias - sete ex-SCUT (sem cobrança ao utilizador) - é obter uma poupança de cerca de 30,5 milhões de euros por ano.
Económico
E, diz uma história portuguesa, que um belo dia, um indivíduo foi bater à porta de um ministro, que era da sua terra natal, mas só pôde fazê-lo com os pés, de tão ocupadas que levava as suas mãos.

Sabendo que se tratava de um seu conterrâneo, mandou que entrasse, e, após ter pousado o que lhe ocupava as mãos, que se sentasse e dissesse ao que ia, ou seja, que motivos o levavam à capital e, mais precisamente, a sua casa.

O homem, desatou a lamentar-se, dizendo ao ministro que era tanoeiro e torneiro, ou seja, fazia barris, pipas e pipos, mas também as torneiras em madeira de boa qualidade, claro está.

Após uns momentos dedicados a pensar no assunto, o ministro perguntou-lhe quantas torneiras fazia por dia e, ao saber a resposta, levantou-se e disse ao home, que se mantinha encolhido no seu cadeirão:

- Vocemecê, senhor José, vai começar a fazer torneiras de vários tamanhos. Quando tiver já muitas feitas, escusa de cá vir, bastando-lhe telefonar-me.

O homem, esperançado, levantou-se e foi recuando até à porta, saindo feliz da casa do conterrâneo ministro.

Chegado a casa, falou com o seu cunhado e ambos, no dia seguinte, foram abater umas árvores para poder dar início à tarefa encomendada, aconselhada pelo ministro, “homem muito sábio, para não dizer sabido”.

Passado um mês a fazer torneiras, telefonou ao ministro, dizendo-lhe que tinha já umas dez mil torneiras feitas e prontas a funcionar, que se tinha empenhado muito, e que devia, em seu entender, começar a vendê-las para poder pagar a quem devia.

Complacente, o ministro tiu-se e disse-lhe que continuasse a fazer as suas torneiras, que estavam espalhadas por todos os lados, desde a adega à habitação e até uma arrecadação enorme, mas outro remédio não teve que continuar a fazer as suas torneiras.

Outro mês passou e lá foi ele à tasca do seu amigo Pedro telefonar ao seu conterrãneo ministro, que lhe disse se mantivesse calmo, pois amanhã tudo mudaria na vida do aldeão.

Efectivamente, no dia seguinte, saiu um decreto-lei que impunha a todos os interessados, o modelo de torneiras para pipos, pipas, barris e cubas fabricadas na sua terra pelo seu conterrâneo, de nome Paulo, nome com que baptizou as torneiras.

Ora, quer com as máquinas registadoras e, muito possivelmente com os imaginados chips para passar  nas ex-scuts, passou-se algo similar, uma vez que alguém se vai governar muito bem à custa dos “parolos” que terão de obter o chip e dos que já tiveram de comprar ou a máquina registdora ou o software adaptável à máquina antiga, mas moderna, para passar talões/recibos de um corte de cabelo, por exemplo.

Tudo imaginado ao milímetro, tudo muito bem pensado, mas qualquer dia, por este andar, talvez mesmo os bois e as vacas deverão ser «chipados/as» nos cornos para poderem atravessar uma estrada.

É que em Portugal, como os portugueses não podem pagar a bem, deverão pagar seja como for, e custe o que custar, para que alguns amigalhaços dos senhores ministros enriqueçam cada vez mais.

Onde iremos parar com todas estas medidas, é coisa que só eles saberão e que as oposições deveriam tomar em conta, tentando limitar os desgastes causados por semelhantes políticas.


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