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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Costa recua e diz que confronto com Seguro «não era desejável»


Autarca de Lisboa sai da Comissão Política a dizer que quer evitar a confrontação no PS depois de ter ameaçado candidatar-se à liderança do partido.

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, ameaçou candidatar-se à liderança do PS na reunião da Comissão Política, mas, no final, acabou a dizer que irá trabalhar para a unidade e evitar a confrontação.

Estas declarações de António Costa foram feitas no final de seis horas de reunião, durante a qual vários elementos próximos do presidente da Câmara de Lisboa passaram para os jornalistas a certeza de que o autarca da capital se iria candidatar ao cargo de secretário-geral do PS.
À saída, já de madrugada, António Costa disse que iria trabalhar para um clima de unidade e evitar a confrontação.
«O secretário-geral do PS foi recetivo à proposta que apresentei e acho que vamos poder trabalhar nos próximos dias para poder tentar construir uma alternativa forte, que fortaleça o PS nas candidaturas autárquicas e que permita unir o partido, evitando uma confrontação que, neste momento, a todos os títulos não era desejável», declarou.
Depois, António Costa lançou, novamente, uma dúvida em relação ao futuro: «É bom que [a unidade] possa acontecer.»
«Vamos ver nos próximos dias», acrescentou.
Sobre os motivos que o levaram a aproximar-se de António José Seguro na parte final da reunião, o autarca respondeu que todos estão próximos porque são todos do PS. «A vida no PS não é um jogo de fulanização. Trata-se de ideias e de estratégias políticas, de programas. Temos de fazer um trabalho para ver se conseguimos fortalecer a unidade no PS», afirmou.
Questionado sobre o que o levou a mudar de ideias, depois de considerar que Seguro não era capaz de unir o PS, Costa alegou que o secretário-geral «correspondeu muito positivamente» à proposta que apresentara perante a Comissão Política do PS.
«Foram criadas condições para fortalecer a unidade do PS e para haver uma alternativa forte ao atual Governo», referiu, mas sem especificar qual a proposta que apresentou a António José Seguro.
António Costa argumentou, ainda, que não está a discutir datas do processo interno que conduzirá à realização de um congresso, contrapondo que as questões são de «estratégia, orientação e funcionamento interno do partido».
Confrontado com o facto de esta ser a segunda vez que não avança para uma candidatura à liderança, depois de esta ter sido dada como adquirida, o presidente da Câmara de Lisboa advogou que «a vida política não é um concurso de vaidades, mas um sentido de serviço em torno de ideias políticas». «O debate travado na reunião da Comissão Política foi bom para o PS. A forma como o secretário-geral do PS correspondeu à proposta que apresentei é um bom caminho», garantiu.

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TVI24


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