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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

«A INDIGÊNCIA POLÍTICA EM PORTUGAL»


“Longe de Harrar, onde Rimbaud expiava o seu génio visionário, um barco ébrio desceu por rios impávidos onde viviam, na imundície de pântanos enormes, um Partido Socialista, acompanhado, a cinquenta léguas, pelos rugidos dos Béhémoths.”

Encontramos estes animais vorazes e cruéis sob a caneta de Thomas Hobbes, quando se fala do corpo social e dos seus votos para tentar restabelecer a melhor teoria política.

O PS significa o autómato que se assemelha a essa máquina política parecida com uma mecânica, animada por molas, cordões e rodas a que correspondem corações, nervos e articulações para um enorme animal obsecado pela alimentação e inteiramente orientado para satisfazer o seu apetite glutão.

É monstro do caos primitivo, uma espécie de serpente capaz de devorar o sol de uma só vez, fomentando, dessa forma, eclipses, durante os quais as feiticeiras lançam os seus sortilégios.

“Ele” abandona o mar, onde, contudo, repousa, quando o deixam em paz, para instaurar o reino do terror entre a maioria da cidadania que, receando o que se passa hoje e se passará no futuro, e, vivem hoje sob o seu regime e poder, segundo os seus caprichos.

Quanto a Béhémoth, sobrevive a figura de um fantástico herbívoro esfomeado que traga a vegetação de mil montanhas, pelo que se tornou o emblema da força bruta.

Seguro tinha razão ao convocar este bestiário fantástico a fim de designar o todo-poder do corpo político, social, e das máquinas destinadas a submeter o indivíduo, sob o cunho do comunitário, apresentado como suprema virtude.

Animais devoradores, ignorando tudo da carnificina que provocam, bestas esfomeadas que destroem toda a subjectividade quando passam (…), formando a zoologia política em virtude da qual o cidadão representa uma presa muito pretendida pelo predador, esse fabuloso monstro que esmaga os que são mais pequenos que ele.

A máquina histérica do PS engendrou, na terra lusitana, um inferno presente, sem que o cidadão comum, eleitor do partido sobretudo, que já não compreende e jamais compreenderá, o que pretendem os membros dessa máquina infernal que ultimamente puseram a trabalhar, com o único intuito de quê, afinal?

A sede de poder não pode justificar, de modo algum, estas atitudes canalhas, porque defendem apenas interesses corporativos de alguns, que sonham constantemente não em proporcionar uma melhor vida ao povo português, que vai miserando, graças a um regime de austeridade que mina, de forma continuada, física e psicologicamente a cidadania nacional, fazendo-a apodrecer na fome e na miséria em que o actual governo, a colocou impiedosamente.

E, quando Seguro pretende acabar com todas essas formas de submissão de todo um povo, que milita substancialmente no desemprego, todos os “arvorados em históricos (socráticos), mas também se imaginam, na sua megalomania, indispensáveis quer ao partido quer ao país, quando ambos podem prescindir, facilmente, deles.

Há tempos atrás avisei Seguro de que deveria dar um murro na mesa e impôr-se aos interesses que defendem esses filhos do demónio, que se limitam a semar tempestades, pretendendo colher bonanças como fruto dos seus actos, inconcebíveis.

De repente, como por artes mágicas, no seio do maior partido da oposição, que deveria manter-se unido e coeso no combate aos líderes da austeridade europeia, talvez até mundial, desse universo considerado civilizado, eis que se levantam esses emissários dos seus interesses únicos, nada se preocupando com a dignidade daqueles que elegeram Seguro como “seu líder”, e que deve saber guiá-los rumo ao regresso à tão desejada normalidade, mas também à dignidade humana.

Tal como pretendiam, e não será nem amanhã que deixarão de querer, que Seguro não se deixe vencer pela adversidade, mas também pelos “ambiciosos” que pretenderam apeá-lo da liderança do PS, que  deverá saber negociar alianças à esquerda para, em conjunto, poderem combater eficazmente a verdadeira ditadura, se bem que tentem camuflá-la, que assola de novo os portugueses, que a cada minuto que passa se vêm em pior situação numa sociedade cada vez mais espezinhada.

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