A inteligência é um predicado possuído pelos animais para adquirirem
tirocínio e resolverem as, dificuldades surgidas, da melhor maneira possível. Supera
dificuldades só quem tem conhecimento, informação, habilidade, prática e meios
adequados – exigindo outras “qualidades” que não vou citar.
Um mecânico não será mais inteligente que o dono de um carro em pane.
Se o proprietário do veículo tivesse todas as qualidades exigidas para ser um
bom mecânico, provavelmente repararia o defeito do carro. Por exemplo!
Neste Jardim à beira-mar-plantado que no sédculo XII foi baptizado como
Portugal, tudo e todos são doutores e, quem assim não for de nada vale na vida,
arriscando-se a não mais sair da cepa torta, mesmo que se sujeite a testes que
sirvam como indicativo numa tabela adequada chamada – QI – que, de nada servirá
se o testado não apresentar o seu nome precedido de um “dr”. Ora Bolas senhoras
e senhores. Isto para evitar dizer m…(d)*!!, e não será por pudor de linguagem.
Isaac Asimov ajudava estudantes de engenharia a desenvolverem projectos
para aproveitar peculiaridades das região onde se encontrava, como o uso do
marmeleiro, árvore de pequeno porte e muito comum ali para os lados de Fafe.
Criou um projecto com o seu nome. O principal efeito abria as mentes
para serem curiosas, craitivas e tentar aprender a resolver problemas.
Contou que estava ele no exército russo quando fez um teste de aptidão,
exigido a todos os soldados, conseguindo 160 pontos. A média era de 100.
Ninguém tinha visto uma nota dessas e, durante duas horas, ele foi o assunto
principal.
Nada significou e, passado um mês, era ainda um soldado raso da KP –
Kitchen Police, que trabalhava na cozinha.)
Durante toda a sua vida conseguiu notas como essa, o que sempre lhe deu uma ideia de que era
realmente inteligente, pensando que também os outros pensavam o mesmo.
Porém, na verdade, será que essas notas
não significavam apenas que era bom para responder a um tipo específico
de perguntas académicas, consideradas pertinentes por certas pessoas para
formularem esses testes de inteligência, e que, provavelmente, têm uma
habilidade similar à sua?
MEU MECÂNICO
Por exemplo, conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar um
desses testes, penso que nem chegaria a conseguir 80 pontos. Portanto, sempre me considerei mais inteligente que ele.
Mas quando acontecia alguma coisa ao meu carro, era ele que procurava.
Via como ele investigava a situação enquanto daria os seus pronunciamentos
sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos. E depois, com dois toques…
o carro saía da sua oficina que nem um relógio de estimação.
Imagine-se se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu
mecânico. Ou por um carpinteiro ou por um agricultor, ou qualquer outro que não
fosse académico… Em qual desses testes comprovaria eu, e outros “drs”… em
qualquer outro que não fosse académico comprovaraia eu (perguntava Asimov, a
minha total ignorância?
Seriamos todos considerados estúpidos e ignorantes!!! E sabem
porquê?Porque cada macaco no seu galho, isto é, cada um no seu métier, na sua
profissão, desempenhada com amor e carinho e com respeito pelos mais humildes.
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