Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

«OS PONTOS NOS “iiii”»

A hipocrisia, como a desonestidade ou a corrupção, não admite gradação. Não há maior ou menor hipocrisia, assim como não existe desonestidade mínima ou máxima, corrupção de grande ou pequeno porte. Certa hipocrisia, por exemplo, não é maior nem menor que as denunciadas na política. A sua desonestidade é tão grande como qualquer outra sonega informações ou trata com privilégios certos pontos de vista sem a apresentação equivalente do contraditório. E ela é cúmplice da corrupção quando,  em nome de interesses políticos, elege a dedo um caso e deixa de lado, acintosamente, todos os demais, que têm como protagonistas os seus aliados.

Por tal motivo defendo a democratização plena dos meios de comunicação, de modo a impedir que meia dúzia de famílias portuguesas, afinadas ideologicamente em torno de interesses que não são os nacionais, detenham o monocórdio poderr de distorcer factos a seu bel prazer.

Não vivemos no melhor dos mundos no Portugal de hoje, longe disso. E se ninguém vive no melhor dos mundos na Terra de hoje, de quem será a culpa?

Sem precisar de ser um especialista,m qualquer leitor  do planeta pode perceber os sérios problemas que envolvem os actuais caminhos da humanidade. SDE nos voltarmos para a economia veremos a derrocada de grandes países da Europa, com seus índices expressivos de desemprego, a estrondosa desaceleração do império americano, a previsível falência desse sistema integrado de mercados que vincula os descalabros de grandes corporações bancárias à infelicidade dos cidadãos de todo o mundo.

Não vivemos o melhor dos mundos em Portugal, pela simples razão de que além de tudo o demais, os políticos mentem como “danados”. Só a desfaçatez dos manipuladores da informação consegue não ver isso. Só essa preocupação mórbida como as previsões catastróficas e terroristas pautadas pelos patrões mediáticos (!!!) faz com que alguns profissionais trabalhem sempre com meias verdades repletas de parcialidade.

Temos a “imprensa do tomate”, aquele que preconizou uma inflação galopante a partir de um problema sazonal que envolvia um único produto da mesa do português.

Temos a “imprensa” de analistas e especialistas escolhidos a dedo para repetir as derrotas afirmadas pelo maior dos ícones da democracia: o voto.

Afirmei e afirmo a minha independência quanto a partidos políticos, nesse conturbado sistema que obriga a governabilidade a criar “sacos de gatos”, mas também de “ratos” em que os princípios ideológicos cedem a pragmatismos de ocasião. Afirmo, aqui inclusive, a minha insatisfação em ver, mesmo sem ser estranho, os actores de sempre, aqueles mesmos que povoaram gabinetes repressores da ditadura,  salões coloridos pouco respeitáveis ou festas do “meio”. Reafirmo aqui o meu desconsolo com agremiações partidárias, cuja integridade é incompatível com o sistema político vigente.

Nada disso, porém, me impede de me posicionar a favor de medidas que se voltem para a diminuição das desigualdades sociais, para o combate à miséria, para a dignidade do ser humano, para a afirmação cidadã.

Céptico em relação à utopia, aplaudo, no entanto, tido o que se aproxima da justiça social. Nesse sentido é que me coloco a favor de medidas tomadas por alguns governos que sucederam, e sucederão ao neoliberalismo.

Críticas, sempre as haverá, sobretudo daquelas que sabem não ter razão mas tudo fazendo para nos tentar fazer crer que a culpa é de alguém  que a não tem totalmente, tentando puxar a brasa à sua sardinha, sem todavia o conseguirem.

Bom! Cada um coloca os pontos nos “iii” do modo que acha melhor para si e para os seus, mesmo sabendo estar a cometer erros fatais para a sociedade em geral. Pelo menos coloco-os sempre, embora saiba haver muita gente que se pensa boa que nunca escreve os iis com os devidos pontos…



Sem comentários:

Enviar um comentário