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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

«QUEM FALARÁ DE QUEM---?»

«Qual a matéria seja não se enxerga,
Mas enxerga-se bem que está composto
De vários orbes, que a Divina verga
Compôs, e um centro a todos só tem posto:
Volvendo, ora se abaixe, agora se erga,
Nunca se ergue ou se abaixa, e um mesmo rosto
Por toda a parte tem; e em toda a parte
Começa e acaba, enfim, por divina arte:»

E vós, senhor Catroga, com conhecimento de causa, ousais por vossa vez afirmar que esse alguém deveria estar a ser em tribunal julgado?

Que diriéis vós de um Cavaco e de outros que tal, que mais não fizeram nem fazem que espoliar o que pertence ao povo de Portugal?

Que dizeis vós senhor, dos tachos acumulados para em cada ano civil estardes presente numa ou noutra reunião, açambarcando milhares quando deveriéis limitar-vos a gozar das famosas pensões de reforma duvidosamente conseguidas?

Vós, senhor, que melhor sabéis que ninguém não existir político algum que se aproveite, deveriéis antes meditar que asneiras pronunciar.

Porque se, e sabei-lo melhor que ninguém, se ninguém honestamente faz pouco da grei, tendes conhecimento de que todos os  vossos passados e presentes bem-amados líderes, não podem jurar estar como Pilatos no Credo quanto ao supostamente lídimo estado de alma, quanto à tranquilidade da consciência por tudo quanto foi feito, e continua a sê-lo,  contra o leal, sério e trabalhador povo português, a quem ajudastéis na explorar.

Por tais motivos e outros, melhor fariéis em manter-vos calado, sem pretender fazer recair sobre outros a responsabilidade que vem dos vossos actos passados que jamais reconhecerá, pois tal vos não convém!

Solene e honestamente vos afirmo, senhor, que jamais apoiei Sócrates lusitano, que a par convosco se trataria de um puritano!!!



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