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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

«REDUZIDOS A NÓS PRÓPRIOS»

O tal guião sobre a reforma do Estado foi fdinalmente apresentado a todos os que se deram ao trabalho de ouvir mais um rosário de mentiras. Até já se pretende, também, uma nova revisão constitucional, o que se compreende de certo modo.

Nos últimos tempos os inquilinos do Palácio Ratton têm-se visto à nora como todas essas propostas de lei que, após serem devida e sabiamente analisadas têm recebido o “sê-lo” de inconstitucionais e “zás”, declaradas dessa forma, o que muito molesta quer o senhor Pedro, quer o senhor Aníbal de Boliqueime quer ainda outros, que imputam as culpas a quem as não tem.

Com uma nova tábua de salvação – a tal revisão da Constituição – nada disso aconteceria e, talvez até se pudesse fazer umas economias, dispensando os serviços dos juízes do Tribunal Constitucional.

Voltando ao guião de todo aquele palavreado sobre a reforma do Estado, que nem sequer parecenças tem com ela, apenas mais umas medidas proteccionistas daquele meia dúzia do costume, o senhor Paulo – justiça lhe seja feita – tentou esmerar-se, notando-se, todavia, ter havido uma certa precipitação, como desprezo pelos cidadãos, que já nem para uma côdea de broa conseguem angariar fundos.

Assim, com toda a acrimónia, com todas as peneiras deste mundo, decidiu, uma vez mais, veremos se não a considerará também irrevogável à sua maneira, se não deixará uma margem para discussão, tentando aprovar mais um aborto.

Da forma como andam as coisas no PS, não creio, no entanto, que tal aconteça, como não acredito que alguém de fora da maioria aceite uma nova revisão constitucional.


Daí estarmos entregues a nós próprios, porque até o PS se tem remetido a um sepulcral silêncio que leva a duvidar que se possa ainda esperar por um futuro melhor.

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