O tal guião sobre a reforma do Estado foi
fdinalmente apresentado a todos os que se deram ao trabalho de ouvir mais um
rosário de mentiras. Até já se pretende, também, uma nova revisão
constitucional, o que se compreende de certo modo.
Nos últimos tempos os inquilinos do Palácio
Ratton têm-se visto à nora como todas essas propostas de lei que, após serem
devida e sabiamente analisadas têm recebido o “sê-lo” de inconstitucionais e “zás”,
declaradas dessa forma, o que muito molesta quer o senhor Pedro, quer o senhor
Aníbal de Boliqueime quer ainda outros, que imputam as culpas a quem as não
tem.
Com uma nova tábua de salvação – a tal
revisão da Constituição – nada disso aconteceria e, talvez até se pudesse
fazer umas economias, dispensando os serviços dos juízes do Tribunal
Constitucional.
Voltando ao guião de todo aquele palavreado
sobre a reforma do Estado, que nem sequer parecenças tem com ela, apenas mais
umas medidas proteccionistas daquele meia dúzia do costume, o senhor Paulo –
justiça lhe seja feita – tentou esmerar-se, notando-se, todavia, ter havido uma
certa precipitação, como desprezo pelos cidadãos, que já nem para uma côdea de
broa conseguem angariar fundos.
Assim, com toda a acrimónia, com todas as
peneiras deste mundo, decidiu, uma vez mais, veremos se não a considerará também
irrevogável à sua maneira, se não deixará uma margem para discussão, tentando
aprovar mais um aborto.
Da forma como andam as coisas no PS, não
creio, no entanto, que tal aconteça, como não acredito que alguém de fora da
maioria aceite uma nova revisão constitucional.
Daí estarmos entregues a nós próprios, porque
até o PS se tem remetido a um sepulcral silêncio que leva a duvidar que se
possa ainda esperar por um futuro melhor.
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