Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

«A DOENÇA LUSITANA»


Normalmente, nem o homem nem a mulher são entregues à solidão, seja pela viuvez ou por outro qualquer motivo.

Quando, no entanto, morre ou “o pai ou a mãe” de um país, apesar de tudo, sabemos que toda a “família” fica irremediavelmente atingida. Para aqueles que sempre viveram para o oportunismo, para a corrupção e outras “virtudes” reais                                                                  . . , é o mundo que se acaba.

Deixam de possuir aqueles encostos que lhes garantiam todo o bem-estar que sempre recusaram aos outros e, mesmo sabendo que doravante não voltarão a sentir a mesma alegria, o que, se lhes nãom  é concedido, pode fazer deles seres diminuídos, atrofiados, entregues a um humor malsão que, uns tempos depois, os tornarão inaptos à chamada verdadeira felicidade.

Na região entre o Douro e o Minho, o designado Condado Portucalense, Afonso Henriques decidiu obter a independência em relação ao reino de Castela e, da aglutinação dos nomes de duas localidades separadas pelo Douro, criar aquele que é hoje o mais antigo país da Europa, cujos actuais “senhores” estão a colocar de pantanas, rendendo a mais vil vassalagem a visigodos, gauleses e espanhóis, em especial, caindo na mais humilhante falta de autonomia de que há memória.

Quem fomos e o que somos? Quem são estes “patriotas” que preferem viver nas boas graças dos estrangeiros,m enquanto se divertem a massacrar os seus concidadãos?

E hoje, os portugueses, ou lusitanos, vêm-se de novo sem a sua autonomia e dentro da maior solidão desde há pelo menos há 40 anos, isto é, desde Abril de 1974, data em que foi colocado o ponto final, ou imaginário ponto final, a toda a repressão que até então havia dominado o país.

Por tal motivo falo e afirmo que essa é a maior desgraça que pode ter atingido a Lusitânia.

De todos os males que podem transformar um “lar” e destruir a unidade de uma nação, não conheço nenhum outro pior  que o divórcio. Divórcio entre um povo e o seu país, considerando-o pior e mais desastroso que a própria morte.

Afirmam os arqueólogos haver suficientes provas da presença, na Lusitânia, de demonstrações da existência de figuras rupestres, de pegadas de dinossauros ou de outras bestas do neolítico e outras idades, algumas delas bem recentes que, quando a eles se referem, os romancistas, os sociólogos, os juristas, os arqueólogos pensam e escrevem, instintivamente, em função do mundo actual. E têm toda a razão, pois o que será das crianças, dos velhos e dos desempregados de longa duração com tanto animal a malatratá-los?

Sem qualquer dúvida que ou mudam já, urgentemente, os portugueses, ou dentro de pouco tempo se sentirão como esses camelos cujas bossas furararm em pleno deserto.

Sem comentários:

Enviar um comentário