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terça-feira, 5 de março de 2013

TSU (ainda) é carta dentro do baralho e pode vir a ser jogada


O Executivo liderado por Passos Coelho rejeita revelar os estudos que estiveram por detrás da decisão do Governo de baixar a TSU (Taxa Social Única) porque, defende, a medida que ainda pode vir a ser tomada está protegida pela confidencialidade. No entanto, esta posição é rejeitada pela Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos que defende que, sendo um documento administrativo, deve estar acessível a todos os cidadãos, escreve esta terça-feira o jornal i.
O Governo pretende manter longe dos olhos dos portugueses os estudos que deram origem à decisão do Executivo de baixar a TSU para as empresas. Em causa, explica o gabinete de Passos Coelho, está o facto de a medida ainda poder vir a ser tomada e, por isso, estar protegida pela lei da confidencialidade.

“Sendo um documento preparatório de uma alteração legislativa que em tempo se ponderou – e que pode vir a ser reponderada – o estudo em causa merece a confidencialidade que a lei lhe reserva, designadamente ao abrigo do ponto 11.1 do Regimento do Conselho de Ministros”, pode ler-se numa resposta enviada ao jornal i pelo gabinete de Passos Coelho.

No entanto, a posição assumida pelo Governo vai contra um parecer emitido pela Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos (CADA) depois de o jornal i ter apresentado uma queixa contra o Executivo. Para a CADA, o facto de as alterações ao regime jurídico da TSU não terem sido incluídas no Orçamento do Estado para 2013 não obriga ao regime de confidencialidade pelo que “tal estudo constitui um documento puramente administrativo”, podendo, por isso, ser acedido por qualquer cidadão.

Recorde-se que, em Setembro de 2012, Passos Coelho anunciou a intenção de reduzir a TSU paga pelas empresas. Esta medida seria financiada com o aumento das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social. 

No entanto, a contestação de todos os sectores da sociedade, incluindo os empresários, e a manifestação de 15 de Outubro fizeram a medida cair por terra.

N. M.

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