O barómetro de Fevereiro do Centro de Estudos e
Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa (CESOP/UCP) revela uma
clara contradição entre as áreas em que os portugueses entendem que devem ser
cortados os quatro mil milhões na despesa do Estado e o que tem sido defendido
pelo Governo. Se o Executivo aposta na Saúde, Educação e Segurança Social, os
inquiridos consideram que o corte deve ser feito nas Parcerias Público Privadas
(PPP), nos juros da dívida, e na Defesa.
Mais de 50% dos inquiridos na sondagem de
Fevereiro do CESOP/UCP, para o Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias
(JN), Antena1 e RTP, diz estar a acompanhar com “muito” (20%) ou “algum
interesse” (32%) o tema sobre a reforma do Estado. No entanto, a oposição à
‘dieta’ sugerida pelo Governo é clara.
Se o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o ministro das
Finanças, Vítor Gaspar, se têm referido quase exclusivamente às áreas da Saúde,
Educação e Segurança Social, a aposta dos portugueses segue em sentido
contrário: 57% defende cortes nas PPP, 36% nos juros da dívida, e 33% na
Defesa.
Ao mesmo tempo, apenas 1% dos inquiridos concorda que o corte de quatro
mil milhões de euros deve ser efeito na Educação e Saúde e, somente, 5% na
Segurança Social.
Também
questionados sobre se concordam com a introdução de propinas do ensino
secundário, 85% dos inquiridos responde com um inequívoco “não”. No mesmo
sentido, 60% considera que a propina máxima no Ensino Superior deve diminuir.
Em
relação à idade da reforma, 40% concorda que deve ser entre os 60 e os 65 anos,
contra apenas 13% que aposta nos 55 anos.
N. M.

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