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terça-feira, 5 de março de 2013

«”CAROS” POLÍTICOS LUSITANOS»




Povo marcado. Vida de gado. Povo feliz e o melhor do mundo, não é?

As vacas dos políticos dão crias 24 horas por dia. Haja erva e gentes besta em Portugal, do Minho ao Algarve e regiões autónomas! Uma qualidade admiro em vós: o conhecimento da alma humana. Sabem manipular as pessoas, as ambições, os pecados e as fraquezas.

Do menino ingénuo – que acreditava na pureza necessária de uma política de oposição, construiu uma trajectória, construiu uma trajectória de causar inveja a todos os homens de bem que se acobardam w não aprendem nunca a ousar como os corruptos e ladrões.

Os senhores são homens ousados. Compreenderam, a determinado momento, que a vitória não pertence aos homens de bem, desarmados da fúria do desatino, que é vencer a qualquer preço. Resolvem armar-se, seja qual for o preço, o senhor Silva, o senhor Pedro e tantos outros, nunca poderiam ser os gladiadores que lutassem contra as desigualdades de forças e dinheiros.

Decidiram combater o povo da Lusitânia de peito aberto, descobriram atalhos, mil artifícios para os vencer, e, quem sabe, um dia derrotariam todos eles,  os emplumados que tinham empregados cujo serviço exclusivo era abanar, durante horas um imenso leque sobre os empregados e logo desempregados para que pelo menos não fossem picados pelo mosquito do dengue, para que não mordessem  tez rósea dos seus donos: quem sabe se um dia a alavanca da política, certamente não seriam os únicos engenhos de seus pais, humildes, que costumavam ir buscar dinheiro aos prados para pagar a educação de seus filhos, e tiravam o chapéu aos poderosos e perigosos de então.

Os senhores sonhavam ser big shots, a qualquer preço. Venderam a alma, como Fausto de Goeth, pediram a fama e a riqueza, em troca.

Muitos de vós representam tudo o que de mais vergonhoso existiu nos tempos da ditadura salazarista e há quem diga, que, analfabetos de raro polimento, intuitivos. Que nunca leram nenhum autor de economia, sociologia ou direito, que os vossos colegas da universidade diziam isso. Que dirá o senhor Relvas, que, ao que parece, nunca lá andou? Que leu ele?

Longe de ser um demérito, essas espessa ignorância literária faz sobressair ainda mais, o vosso talento de vencedores.

Existe uma grande diferença entre vós e o nobre povo português, que se nota quer na honestidade e seridade, como na coragem com que enfrenta todos os martírios que lhes são impostos por políticos desnaturados como os senhores.

Deveria ser esse mesmo povo a ser recebido em palácios, em mansões de milionários, não os senhores políticos que passam a vida a roubá-lo, a espoliá-lo e a destruir tudo quanto foi construído pelo povo, com todos os seus sacrifícios, e que hoje pretendem entregar a amigos, não menos oportunistas que os senhores.

Machado de Assis, por ingénuo, disse pela boca de um dos seus personagens: “A alma terá, como a terra, uma túnica incorruptível.” Mais adiante, porém, face à inexorabilidade do destino do desonesto, advertia: “Suje-se gordo! Quer sujar-se? Suje-se, gordo!”.

No vosso mandato, nascia um Pedro globalizado, gerente de resultados, ambição à farta, enterrando, pouco a pouco, todos os escrúpulos da consciência. No seu caso, nada sobrou do naufrágio das ilusões de rapaz, de moço. Nem sequer a vergonha na cara.

E fez uma campanha rica e impressionante, recheada de mentiras, porque entre os seus eleitores havia pobres trabalhadores deslumbrados, a segui-lo nas estradas poeirentas de Portugal, extasiados com a sua intrepidez em ganhar a qualquer preço. O tal destemor do alpinista, que ou chega ao topo da montanha e tudo é seu, montanha e glória – ou morre. Ou mesmo jogador de póquer, que faz bluf e não treme, blufa rindo, e cujos olhos indecifráveis intimidam o adversário. E joga tudo. E vence. No bluf.

O senhor Pedro, e seus seguidores, como o senhor Silva, não possuem alma, só apetites. E quem, na política portuguesa, a tem?

Quem em Belém ou em S. Bento, centro das grandes picaretagens nacionais, atende no seu comportamento a razão dos objectivos de interesse público?

Quem sente autoridade moral para cobrar coerência de princípios? O senhor Silva, que sabe apenas remeter-se a longos tabus? O senhor Pedro que taxou, com seu seguidor Gaspar os aposentados, que não o eram, e que vivem em profunda miséria e na mais vil das fomes a que qualquer ser humano pode ser sujeito?

No velho dizer dos canalhas, todos fazem isso; mentem, roubam, traem. Assim, senhores políticos da actual maioria, os senhores são apenas os mais espertos de todos, que, mesmo com factos gritantes de improbidade, de desvio de conduta pública e privada, têm a quase unanimidade do povo lusitano contra a vossa presença nos lugares que ocupam.

Razão pela qual, ponderadas as situações todas, apenas vos resta um caminho. A demissão e o abandono do poder, para o qual já perderam toda a legitimidade.

Os portugueses saberão agradecer-vos que abandonem rapidamente os lugares que ocupam indevidamente. Podem crer!



















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