Presidente da CIP deixa críticas ao Governo,
ao Presidente da República e até a patrões e banqueiros
O presidente da Confederação Empresarial de
Portugal (CIP) diz que quem manda no país não é o primeiro-ministro, mas sim o
ministro das Finanças. António Saraiva diz que por mais ideias que outros
ministros tenham, Vítor Gaspar tem o poder de as barrar por não haver dinheiro.
«O ministro da Economia tem ideias, como a famosa questão dos 10% de IRC, mas esbarra na impossibilidade que o ministro das Finanças diz existir, porque quem comanda de facto este país, ao contrário do que toda a gente pensa, não é o primeiro-ministro, é o ministro das Finanças», diz.
Em declarações feitas no programa «Terça à Noite» da Renascença, o responsável deixou críticas ao Presidente da República, que acusa de um «silêncio ensurdecedor», e de estar muito aquém daquilo que se esperaria de um Presidente num momento difícil como o que enfrenta Portugal. O chefe de Estado, defende, devia empenhar-se em «exigir aos partidos acordos de regime».
Mas deixou também críticas ao Governo, sobretudo no que diz respeito à concertação social. «O acordo de concertação social, hoje, mantém-se muito mais por vontade dos parceiros do que do Governo, que tem, de uma forma errática, mantido a concertação social em banho-maria», acrescentou.
Nem alguns patrões e banqueiros, que dizem que o país «aguenta, aguenta» escaparam à crítica de. António Saraiva: na opinião do representante dos empresários, não há mais nada para aguentar.
«O país não aguenta mais austeridade. Os reformados não suportam mais cortes, os nossos jovens não podem continuar a emigrar. Receio que a conflitualidade social possa ocorrer sem se saber quando. Pode ocorrer a qualquer momento», avisa.
Sobre a troioka, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal diz ter ficado com a convicção de que mudou finalmente de ideias sobre Portugal. «Finalmente, achei-os disponíveis para estes dois factos: primeiro diziam-nos que a economia portuguesa estava viciada em crédito, já reconhecem hoje que há carência de crédito na economia, da mesma maneira que reconhecem que tem de haver uma política fiscal amiga do investimento», descreve.
António Saraiva revela ainda ter tido a garantia por parte da troika da sua ação para impulsionar uma diferente política fiscal para as empresas.
«O ministro da Economia tem ideias, como a famosa questão dos 10% de IRC, mas esbarra na impossibilidade que o ministro das Finanças diz existir, porque quem comanda de facto este país, ao contrário do que toda a gente pensa, não é o primeiro-ministro, é o ministro das Finanças», diz.
Em declarações feitas no programa «Terça à Noite» da Renascença, o responsável deixou críticas ao Presidente da República, que acusa de um «silêncio ensurdecedor», e de estar muito aquém daquilo que se esperaria de um Presidente num momento difícil como o que enfrenta Portugal. O chefe de Estado, defende, devia empenhar-se em «exigir aos partidos acordos de regime».
Mas deixou também críticas ao Governo, sobretudo no que diz respeito à concertação social. «O acordo de concertação social, hoje, mantém-se muito mais por vontade dos parceiros do que do Governo, que tem, de uma forma errática, mantido a concertação social em banho-maria», acrescentou.
Nem alguns patrões e banqueiros, que dizem que o país «aguenta, aguenta» escaparam à crítica de. António Saraiva: na opinião do representante dos empresários, não há mais nada para aguentar.
«O país não aguenta mais austeridade. Os reformados não suportam mais cortes, os nossos jovens não podem continuar a emigrar. Receio que a conflitualidade social possa ocorrer sem se saber quando. Pode ocorrer a qualquer momento», avisa.
Sobre a troioka, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal diz ter ficado com a convicção de que mudou finalmente de ideias sobre Portugal. «Finalmente, achei-os disponíveis para estes dois factos: primeiro diziam-nos que a economia portuguesa estava viciada em crédito, já reconhecem hoje que há carência de crédito na economia, da mesma maneira que reconhecem que tem de haver uma política fiscal amiga do investimento», descreve.
António Saraiva revela ainda ter tido a garantia por parte da troika da sua ação para impulsionar uma diferente política fiscal para as empresas.
=TVI 24=

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